Podcast #015 – Fernanda Gonzaga

Neste episódio de podcast, vamos conversar com a Fernanda Gonzaga.

Conhecemos a Fernanda no Instagram, pois nos interessávamos pelos mesmos assuntos.

A partir daí, uma amizade surgiu – e agora tivemos a oportunidade de falar com ela aqui sobre suas impressões da faculdade de nutrição.

A Fernanda conta um pouco de sua história, fala sobre a relação com os professores, e sobre seus planos para o futuro.

Ela mostra um pouco do seu dia a dia no perfil do Instagram @nutrifegonzaga.

Além disso, a Fernanda também é autora de um livro de receitas de saladas e molhos low-carb.

Ouça o podcast clicando no player abaixo:

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Assista ao episódio e compartilhe com seus amigos!

É uma maneira muito fácil de transformar sua ida ao trabalho (ou mesmo academia) em um momento de aprendizado e lazer.

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Transcrição Completa Do Podcast

https://www.instagram.com/p/BamCbKqgjN3/

Guilherme: Bem-vindo a mais um podcast do Senhor Tanquinho. Eu sou o Guilherme.

Roney: E eu sou o Roney. E aqui a nossa missão é deixar você no controle do seu corpo.

Guilherme: Olá, Tanquinhos e Tanquinhas!

Bem-vindos a mais uma edição do nosso podcast.

Hoje nós contamos com a presença da estudante de nutrição Fernanda Gonzaga.

Tudo bem, Fe?

Fernanda Gonzaga: Oi, meninos, tudo bem com vocês?

Roney: Tudo bem também!

Bom, como o pessoal já deve saber e até mesmo a Fernanda, que já viu alguns dos nossos podcasts, a ideia é ser um podcast rápido, mas que você pode demorar o tempo que quiser para responder.

Só para dar uma rápida introdução, a Fe é uma goiana muito simpática que a gente já acompanha e já tem uma parceria no Instagram há algum tempo e recentemente começou a fazer o curso de nutrição.

Então, Fe, o que mais nós podemos falar para te introduzir para a nossa audiência?

Fernanda Gonzaga: Ah, obrigada pelo simpática!

Primeiro eu gostaria de agradecer o convite, dizer que eu sou super fã de vocês e eu já acompanho há algum tempo e eu quero contar um segredinho antes de começar. Pode?

Guilherme: Pode.

Fernanda Gonzaga: Então, quando eu resolvi mudar a minha alimentação, que antes eu comia muita porcaria, eu entrei na internet, no Google – acho que muita gente faz isso – e digitei lá.

Eu não lembro exatamente o que eu digitei, mas foi algo do tipo assim: “Alimentação saudável”, alguma coisa assim, “emagreça”, ? Aquelas frases típicas de quem está começando.

Um dos sites que apareceu lá para mim foi exatamente o de vocês, aí eu vi lá “Senhor Tanquinho? O que é isso?”, aí eu entrei e comecei a vasculhar e tinham alguns posts lá falando sobre dietas: Paleolítica, low-carb, Cetogênica, Jejum Intermitente… eu não sabia nada, não sabia nem o que significava isso.

Aí eu comecei a ler, me interessei muito, achei o site muito bacana, então vocês foram os culpados por eu ter seguido esse estilo de vida hoje.

Roney: Que legal! É uma culpa que nós gostamos de ter então!

Guilherme: Nós ficamos felizes de saber que somos os culpados nesse caso!

Fernanda Gonzaga: Pois é! Por isso que hoje eu estou muito feliz de estar aqui participando com vocês.

Vou falar um pouco de mim, rapidinho.

Eu sou formada em Administração e agora eu estou fazendo Nutrição, nada a ver uma área com a outra.

Sou servidora pública, também nada a ver, mas enfim, me apaixonei pela nutrição e por isso que eu decidi fazer – eu estou no início ainda, estou no segundo período.

Guilherme: Legal, Fe. Legal saber que você está começando e nós queríamos entender um pouco dessa questão de você estar estudando na faculdade e você também já tem um bom conhecimento sobre um estilo alimentar mais evolutivo, mais low-carb… tem algum conflito entre essas duas coisas? Como você lida com isso?

Fernanda Gonzaga: É, gente, é um pouco complicado.

Eu acho que é bem mais fácil para o estudante de nutrição quando ele entra na faculdade sem saber nada do que quando entra já com uma certa bagagem.

Foi em 2015, início de 2015, que eu comecei a mudança na minha vida e a partir de então eu pesquisei muito, estudei muito, li alguns livros, participava, participo, agora então nem se fala; mas participava já de congressos, de palestras relacionadas a nutrição.

Não entendia nada, ia lá mais para adquirir conhecimento mesmo e entender o funcionamento do alimento no meu organismo – que eu acho que assim a gente consegue manter uma dieta saudável, sem sofrimento e para sempre, a partir do momento que você entende como funciona a coisa.

Então quando eu iniciei o curso, eu já sabia dessa dificuldade que eu teria porque infelizmente, a universidade ainda está um pouco defasada em relação ao que nós enxergamos hoje como nutrição.

Os professores um pouco desatualizados, eles não admitem essas dietas que nós seguimos: a Paleolítica, a low-carb, enfim, jejum então, nem se fala.

Eles acham que é modinha, acham que não é saudável, que é muito restritivo, enfim, eles estão meio estacionados lá nas década de 1960 e 1970.

Então é bem difícil para mim, mas eu estou lá!

Por enquanto no primeiro período não tem muita disciplina específica desse assunto, ?

Mas já houve um conflito pequeno, eu tive o desprazer de escutar de uma professora que banha de porco é um veneno, que óleo de coco só serve para passar no cabelo, que manteiga e margarina são péssimas – realmente a margarina, sim, é um péssimo alimento – e que o que é bom mesmo é aquele creme vegetal, sabe? Becel, que faz bem para o coração?

Então eu ouvi isso em sala de aula e gente, é quase um infarto, sabe, a hora que eu escuto esse tipo de coisa. É bem difícil.

Roney: Imagino. Para a gente está sendo bem difícil saber que você ouviu isso também e é o que a gente imagina mesmo que aconteça.

Vou dividir as perguntas em duas partes: o que você acha que falta para os professores em reconhecer os novos estudos sobre jejum, low-carb, Paleo, sobre comida de verdade? E o que você acha que falta para a sociedade reconhecer a importância também de se alimentar corretamente?

Fernanda Gonzaga: Em relação aos professores, eu tenho esperança que isso vá mudar porque os alunos em si estão mudando.

Eu vejo isso lá pela minha turma. Tem vários colegas que perguntam, que questionam, que lêem a respeito, então não tem como: uma hora ou outra, tanto as universidades, quanto os professores ali vão ter que se atualizar; mesmo que não concordem, eles vão ter, pelo menos, falar a respeito, falar que existe uma outra possibilidade.

Eu fico feliz por isso, eu tenho esperança sim que isso vá mudar.

Até teve um evento lá na faculdade, a Semana da Nutrição, e eles levaram nutricionistas lá para falarem sobre jejum intermitente, para falar sobre low-carb… pelo menos já está iniciando um processo, ?

Fernanda Gonzaga: Assim, a coordenadora do curso não botou muita fé.

Ela levou porque está no auge, ? Todo mundo comentando… mas ela mesma em si não acredita muito…

Eu vou ser expulsa da faculdade, gente! [Risos.]

Agora as pessoas, eu também percebo que estão buscando.

Eu não sei aí na cidade de vocês, mas eu creio que também tem muita gente seguindo essa linha.

E aqui em Goiânia eu vejo muita gente buscando conhecimento, muitas lojas, muitos restaurantes de produtos naturais, de alimentação saudável, então eu vejo que as pessoas estão, sim, preocupadas com isso. Mesmo que não tenham, às vezes, o conhecimento suficiente

Talvez por não buscar ou talvez pela mídia também distorcer um pouco os conceitos, mas eu vejo que as pessoas ainda têm muito medo da gordura.

Quando fala que a pessoa está com gordura no fígado ela já pensa que tem que parar de comer gordura, então é complicado.

Guilherme: Até porque se a pessoa procura na internet sobre isso, muitas vezes ela tem a mesma chance de encontrar um site bom e embasado com informações atualizadas e de encontrar algum outro site, por exemplo, com informações antigas, ultrapassadas ou algum grande veículo de mídia que distorce, às vezes, as informações como você mesma disse.

Fernanda Gonzaga: É, exatamente, porque hoje todo mundo fala de Nutrição, desde Médico, até como eu Administradora que era na época e já falava um pouquinho.

Eu não vejo problema nisso, desde que as pessoas saibam o que estão falando porque muitas vezes as pessoas vão ler aquilo ali, vão absorver para si e vão acreditar. Então nós temos que ter um pouco de responsabilidade para saber o que está dizendo e saber que vai interferir na vida da pessoa, ?

Guilherme: Sim, é verdade.

Você falou uma coisa muito interessante que foi de que todo mundo está falando hoje em dia sobre low-carb, por exemplo, ou Paleo, ou Jejum Intermitente e como isso está sendo muito difundido, tem muitos erros também, muitas concepções erradas a respeito desses assuntos.

Na sua opinião, quais são os maiores erros de quem “acha que sabe” o que é low-carb ou de quem começa a fazer e, talvez por não fazer corretamente, não tem resultado?

Fernanda Gonzaga: Então, o que eu vejo muito são as pessoas dizerem que low-carb é a dieta do bacon, a dieta da proteína, a dieta que zera carboidrato – que é quase impossível zerar carboidrato.

Eu vejo muita gente: “Ah, mas você faz low-carb? Então você come, sei lá, gelatina que tem corante, peito de peru que tem um monte de conservante…?”.

Enfim, eu sei que existem algumas linhas ali, mas a low-carb que eu faço pelo menos, evita ao máximo os produtos industrializados e a gente não come só carne! As pessoas acham que nós comemos só carne, só gordura. Quando falam low-carb e High Fat as pessoas pensam que a gente come só gordura e não é bem assim!

Então as pessoas difundem isso de uma forma errada e acaba que distorce a situação.

Realmente fica como uma dieta muito restritiva dessa forma: “Só gordura? Só proteína?” e não é bem assim.

A nossa dieta é composta por muitos vegetais, por frutas, enfim, por vários alimentos saudáveis. Por comida de verdade mesmo, que é o que eu prego.

Evitar os produtos industrializados o máximo possível e comer comida de verdade: os legumes, as carnes, ovos, frutas, enfim, não necessariamente quer que zere o carboidrato. Não é isso. As pessoas não entendem. Eu acho que o maior erro é esse, falar assim: “Excluir carboidrato”. Não é excluir carboidrato. Eu acho, na verdade, o nome errado low-carb, porque o que acontece?

Antigamente se comia uma faixa de carboidrato normal e com a industrialização as pessoas passaram a consumir muito carboidrato, muito refinado, muito açúcar. Agora a gente só está voltando ao normal que era antes, na verdade.

Guilherme: É o consumo mais adequando de carboidratos, não necessariamente baixo. É que o que a gente tinha antes era muito alto.

Fernanda Gonzaga: Exatamente.As pessoas estão consumindo muito!

Muito açúcar, muita farinha branca… não só de trigo, mas agora está super na moda os produtos sem glúten, porque o glúten faz mal, agora vem os sem glúten, estão lotados de farinha de arroz, de fécula de batata, é muita tapioca

Então continua sendo alto o teor de carboidrato, então é o que eu falo, nós estamos só consumindo um teor normal, um teor adequado.

Nada exagerado. Tudo em equilíbrio.

Guilherme: Sim – e uma coisa que você falou antes é muito verdadeira também de que as pessoas têm medo da gordura, então se elas estão tirando a gordura da dieta, elas precisam colocar outra coisa no lugar e elas colocam mais carboidrato (pelo menos a maioria das pessoas que não tem o entendimento correto do que é low-carb).

Então por isso também elas aumentam essa ingestão além do limite que seria saudável ou adequado como a gente falou.

Fernanda Gonzaga: Sim e os produtos industrializados, principalmente depois que inventaram o Light, o Zero, baixo teor de gordura… quando retira a gordura do alimento, ele fica horrível!

Fica um sabor, fica insosso, então eles acrescentam realçador de sabor, acrescenta açúcar, acrescenta produtos que são extremamente prejudiciais à saúde.

Roney: Exatamente.

Além da alimentação saudável, que a gente já pôde perceber que você segue uma linha bem low-carb e até mesmo para o lado meio Paleo, de comida de verdade, quais outros hábitos saudáveis você tem na sua vida, no seu dia-a-dia?

Fernanda Gonzaga: Ah, então, eu adoro musculação, gente. Sou viciada, sou apaixonada! Eu frequento academia, bem certinho, com personal… comecei com ele em dezembro do ano passado, antes eu treinava sozinha, achava que sabia tudo, mas o personal está fazendo diferença.

Então eu sou muito apaixonada mesmo. Se eu pudesse eu só fazia musculação todos os dias, mas aí me coloca para fazer um aeróbico de vez em quando.

Agora um outro hábito que eu sei que eu preciso melhorar, é o sono. Eu sei que é super importante, mas gente, eu não consigo dormir cedo! Eu juro que eu estou tentando, mas eu não recomendo as pessoas a dormirem tão tarde quanto eu durmo, que eu sei que descanso é importante também.

Guilherme: É verdade e é um hábito que às vezes a gente acaba só se dando conta de como o nosso sono está ruim depois de começar a mexer nas outras áreas como alimentação e também atividade física e a gente começa a prestar mais atenção no corpo e a perceber que o sono é algo bem importante também. O descanso de uma forma geral.

Fernanda Gonzaga: É verdade porque quando nós não estamos bem na alimentação, na atividade física, nós nem ligamos muito para o sono, nós vamos deixando de lado, tudo de lado.

A partir do momento que você começa a viver um estilo de vida mais saudável, você vai se preocupando com as outras áreas também.

Guilherme: Sim, é o que você falou mesmo, é um estilo de vida saudável, que começa com a alimentação e engloba muito mais: atividade física, o descanso, dentre outros hábitos de excluir várias coisas que vieram com a modernidade, mas que não são boas.

Tem os industrializados, tem o ficar acordado até tarde, tem o sedentarismo e muito mais.

Roney: Fe, e com relação à faculdade – você falou que tem outra ocupação atualmente, você pretende trabalhar com isso quando se formar? Ser mais uma nutricionista atualizada?

Fernanda Gonzaga: Olha, pretendo. Pretendo sim. Tanto é que quando eu decidi fazer, eu decidi da noite para o dia.

Eu não tinha pretensão de fazer Nutrição, não tinha nenhuma pretensão, mas as pessoas falavam.

Gente, a low-carb, eu não sei se com vocês aconteceu isso, mas é contagiante. Você contagia as pessoas por perto. Os colegas de trabalho, os familiares, os amigos, então foi contagiando todo mundo e as pessoas [perguntavam]: “Fernanda, por que você não faz Nutrição?”. Aí eu falei: “Gente, nossa, mas não tem nada a ver com a minha área” e aí um dia eu parei e falei: “Vou fazer Nutrição”.

Eu pensei assim: “Tem tanta gente querendo uma vida melhor, querendo uma vida saudável e tem tanta gente que não tem informação, que não tem conhecimento, que não tem oportunidade de vivenciar isso.

Com o pouco conhecimento que eu tenho… eu preciso fazer faculdade, eu preciso me aprimorar mais para disseminar isso!”.

Para ajudar as pessoas, para espalhar! Quanto mais conhecimento a gente espalhar por aí, em relação a esse estilo de vida, melhor.

Então eu falei: “Eu não posso atender seu meu diploma, então eu preciso do diploma” e comecei a estudar. Estudo para a faculdade, para fazer as provas, para passar bonitinho e estudo à parte outros assuntos que me interessam, que são atuais, que seguem essa linha.

Então eu acho importante também não só ficar ali preso àqueles conteúdos da faculdade porque em todas as áreas eu acho que é assim, nós temos que procurar abranger mais o assunto, aprimorar, buscar conhecimento fora da Universidade.

Roney: Agora eu fiquei com uma curiosidade com relação a estudar.

Chgou a ter algum momento nesse primeiro semestre que você teve que responder numa prova alguma coisa que você sabia que era errada ou que era menos correta, mas porque o professor falou, então deveria responder do jeito que ele prefere?

Fernanda Gonzaga: Então, por enquanto não, meninos.

Por enquanto não porque como eu falei o primeiro período é mais antropologia, psicologia, políticas de saúde, muitas disciplinas voltadas para a área de saúde pública, então por enquanto não, mas eu tenho certeza que um dia eu vou ter que fazer isso. Meu coração vai doer.

Eu ainda não sei como eu vou fazer, como eu vou reagir dentro da sala de aula – porque é complicado você bater de frente com o professor.

Eu vou ter que questionar porque eu não vou aguentar, mas eu vou ter que ter muita calma e eu ainda não sei como eu vou fazer não. Estou pensando aqui comigo, cá com os meus botões, como eu vou fazer quando surgir uma situação assim.

Infelizmente na prova eu vou ter que escrever, ?

Não vai ter jeito, mas na sala de aula eu vou ter que questionar.

Eu não vou aceitar ouvir isso e ficar calada, mesmo porque eu fico pensando nos meus colegas porque tem muita gente ali adolescente ainda, 18 anos, 19, que está começando, ainda não sabe nada a respeito e o que o professor fala, eles vão absorver para si e vão tratar dessa forma futuramente seus pacientes.

E eu não quero isso! Eu quero contagiar o ambiente com essas novas evidências, então eu preciso que eles saibam, pelo menos, que existe, e colocar a pulga atrás da orelha ali de todo mundo.

Guilherme: Sim, incentivar as pessoas a estudarem um pouco além da sala de aula, mas a ler e a se interessarem para também sempre irem atrás da verdade por si só, nunca aceitar as coisas só porque elas foram dadas – e sim manter um ceticismo saudável.

Roney: E ainda fazendo tudo com cuidado para não criar uma repulsa dos professores.

Fernanda Gonzaga: É, senão eu vou ser reprovada! Eu já vou ser expulsa depois que esse podcast for para o ar. [Risos].

Guilherme: Imagina! Nós achamos que você foi bastante política também nas perguntas no sentido de tudo o que você falou: alimentação com menos industrializados, comer bastante vegetais, comer comida pouco processada…

Acho bastante difícil um professor, de qualquer filosofia alimentar que ele possa ter, achar isso um absurdo.

É uma coisa que até para as pessoas comuns parece ser algo rico em bom senso, nesse sentido de comer pouco processado e com uma ingestão adequada dos carboidratos – não se entupir de açúcar e farinha.

Fernanda Gonzaga: É verdade – e sabe o que eu fico me perguntando? Como a gente não pensou nisso antes, gente?

Não é verdade? Eu fico hoje me perguntando! Eu falo assim: “Gente, eu tomava suco de goiaba de caixinha, eu comia molho de tomate de saquinho!”, então eu fico me perguntando: “Como esses produtos podem durar tantos meses na prateleira de um supermercado sem estragar e fazer bem para a saúde?”. Não tem lógica isso! Não é verdade?

Guilherme: A goiaba estraga rápido e o suco fica lá um, dois anos, ? Realmente não faz sentido.

Fernanda Gonzaga: É, é isso! Eu fico pensando hoje “Não faz sentido”! É igual o leite de caixinha, tem tudo ali, menos leite, ? Tem tanta coisa – menos leite!

Eu sei que nada é perfeito, às vezes a pessoa fala assim: “Ah, Fernanda, mas legume tem agrotóxico, carne de frango tem hormônio…”, aí eu falo: “Gente, eu sei, mas a gente tem que buscar pelo menos o melhor entre as opções que a gente tem”.

Guilherme: Com certeza.

E é o que você tinha falado lá no começo: saber o que o alimento faz dentro de você.

Com certeza o frango, por mais que ele não seja o ideal, não seja o frango orgânico criado solto, ciscando na terra, ele já é melhor do que um pão, por mais integral que ele seja – pelo menos para a maioria das pesssoas.

Fernanda Gonzaga: É, isso é verdade.

Então nós temos que, eu falo sempre quando alguém me pergunta: “Ah, Fernanda, mas o que eu faço?”, eu falo: “Gente, estude, leia, pesquise, procure entender .

Igual eu falei no início: procure entender o funcionamento de cada alimento dentro de você porque só assim você vai saber fazer as melhores escolhas para você.

Roney: Perfeito, Fe!

Bom, nós já estamos chegando no fim do episódio. Como nós falamos era para ser rápido mesmo.

Nós queríamos que você deixasse aqui onde o pessoal pode acompanhar mais, nós sabemos que você sempre posta algumas receitas e várias dicas legais…

Fernanda Gonzaga: Ah sim, é verdade! Eu tenho o Instagram, comecei por acaso e foi crescendo que é o @nutri_fegonzaga.

Lá eu posto algumas receitinhas, posto meu dia-a-dia de alimentação, de treino, umas dicas bacanas de leitura também, enfim, e aí podem acompanhar lá.

Agora eu tenho alguns projetos novos vindo por aí, mas assim que tiver pronto eu falo com vocês, aí a gente divulga aí para o pessoal.

Um deles é um livro de saladas e molhos super saborosas – vale a pena conhecer.

Guilherme: Combinado, Fe!

Nós vamos deixar aqui o link também do seu Instagram para o pessoal seguir, é só clicar lá e acompanhar também o seu dia-a-dia, o seu estilo de vida Paleo / low-carb e saudável no geral.

E Fe, obrigado pelo tempo aqui, a gente gostou bastante da entrevista.

A gente acha que foi muito legal especialmente para trazer essa pulga atrás da orelha para quem não conhece, para entender também como é a sua visão entrando na faculdade e de como algumas coisas ainda estão defasadas, ainda não se atualizaram completamente e também essa ideia de que a ingestão de carboidratos não é zerar, não é esses mitos comuns que as pessoas têm sobre low-carb e sim você reduzir para um nível adequado de consumo sempre também focando em alimentos mais próximos ao que a gente encontra na natureza.

Então obrigadão, Fe!

Fernanda Gonzaga: Ah, eu que agradeço! Eu fico muito feliz de ter participado aqui com vocês e um abração!

Obrigada mesmo pelo convite!

Roney: Então nós ficamos por aqui. A gente se vê num próximo podcast. Um forte abraço do Senhor Tanquinho.

Guilherme: Você acabou de ouvir mais um episódio do podcast do Senhor Tanquinho.

Roney: Não deixe de se inscrever para não perder nenhum episódio com os maiores especialistas para a sua saúde.

8 comentários em “Podcast #015 – Fernanda Gonzaga”

  1. Nossa Pri,, desse jeito vou chorar de emoção. Vc sempre será minha coachee amada. Vai estar linda e magra nesse e em todos os natais. Um beijo enorme!!!

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