Dieta Low-Carb Ou Dieta Cetogênica — Quais As Diferenças E Semelhanças? Descubra Qual É A Melhor Para Você

Eu já ouvi falar sobre dieta low-carb e sobre dieta cetogênica… mas como saber qual delas é a melhor para mim?”

Nós recebemos essa pergunta o tempo todo.

Especialmente com tantos relatos e casos de antes e depois da dieta low-carb ou cetogênica.

E já adiantamos: tanto a dieta low-carb quanto a cetogênica podem trazer resultados de saúde, boa forma e qualidade de vida.

Mas é importante saber exatamente o que você está fazendo — até para poder ajustar sua estratégia quando for necessário.

E é para ajudar você a optar entre a low-carb e a cetogênica que escrevemos este artigo.

Porque, após sua leitura atenta até o final, você saberá exatamente:

  • o que é dieta low-carb,
  • o que é dieta cetogênica,
  • quais as diferenças e semelhanças entre elas, e
  • qual delas é a melhor para você.

A ideia deste artigo é te ajudar a diferenciar as duas, e ver as situações específicas que podem fazer sua escolha pesar mais para o lado de uma ou da outra.

Sendo que essas duas dietas têm muito em comum — conforme vamos ver agora.

Low-Carb E Cetogênica — O Que São E Semelhanças

Antes de mais nada, vamos deixar claro que dieta cetogênica e dieta low-carb não são duas estratégias completamente diferentes.

Sendo importante pontuar isso porque, muitas vezes, escrevemos artigos como “5 dicas para a dieta cetogênica” e recebemos reações como a seguinte.

Não vou nem ler, porque faço low-carb.”

E, reciprocamente, postamos diversas receitas low-carb — algumas delas com praticamente zero carboidrato…

Porém, apenas devido ao nome ser algo como “biscoito low-carb” em vez de “biscoito cetogênico”, a pessoa fica desmotivada e pensa que obrigatoriamente não se adequa à dieta dela.

Por isso, vamos explicar agora o que essas duas estratégias alimentares têm em comum.

E o que elas têm em comum é o seguinte.

Tanto a dieta cetogênica quanto a dieta low-carb são dietas baixas em carboidrato.”

Isto é: a dieta low-carb é uma dieta que restringe a ingestão de carboidratos.

E a cetogênica faz isso também.

Sendo que em uma dieta cetogênica você restringe bastante essa ingestão.

Nela, a maioria das pessoas ingere de 20 a 30 gramas de carboidratos líquidos por dia.

Algumas pessoas comem um pouco mais, chegando talvez a 50g de carboidratos por dia (este é um ajuste individual).

Todavia, não costuma passar muito disso.

Relacionado: quantos carboidratos comer por dia para emagrecer.

Dessa maneira, os carboidratos geralmente não representam nem 10% das calorias de quem está em uma dieta cetogênica.

Sendo que muitas pessoas adotam essa estratégia para entrar em cetose.

(Cetose é um estado metabólico saudável e natural para nosso corpo. Não confunda cetose com cetoacidose.)

E a cetose é atingida quando restringimos bastante os carboidratos.

Dieta cetogênica: uma low-carb mais restrita

O que não acontece, necessariamente, em todas as dietas low-carb.

Pois outras variações de dieta low-carb podem admitir uma ingestão bem maior de carboidratos: da ordem de 100 a 120 gramas de carboidratos por dia.

(Algo que pode acontecer naturalmente numa dieta paleo, por exemplo.)

Então note: apesar de essas variações apresentarem até 5x mais carboidratos que uma cetogênica, elas ainda sim pode ser consideradas “low-carb”.

E por quê?

Porque esse tipo de dieta continua sendo muito mais baixa em carboidratos que a dieta padrão da maioria das pessoas.

A chamada “dieta padrão ocidental” (standard american diet ou SAD) — que costuma ser defendida pelas diretrizes alimentares — possui cerca de 60% das suas calorias vindas dos carboidratos.

O que representa cerca de 250 a 300g de carboidratos por dia.

Então você pode perceber que existe um “espectro de quantidades de carboidratos ao dia” (conforme ilustrado na imagem acima).

De um lado temos uma dieta cetogênica, com seus 20 a 30 gramas de carboidratos por dia.

Deslocando-se um pouco para o lado, temos uma dieta low-carb mais moderada — que pode ir de 50g até 120 gramas de carboidratos líquidos ao dia.

E no extremo oposto à cetogênica temos a dieta padrão ocidental, que a maioria das pessoas segue atualmente.

Essa dieta é bem pobre em gorduras boas e tende a ser baixa em proteínas — contando com 250g ou mais de carboidratos por dia.

Como tanto a cetogênica quanto a low-carb são dietas baixas em carboidratos, a base alimentar de ambas as estratégias permanece a mesma.

Ou seja: cerca de 90-95% da sua dieta será composta pelos mesmos alimentos em ambos os casos.

Todavia, a maior permissividade de uma dieta low-carb permite que você inclua mais facilmente algumas frutas, legumes… e mesmo algumas receitas doces.

Sendo que esses alimentos até podem figurar na cetogênica — mas requerem uma maior atenção com relação à quantidade de carboidratos ingerida por dia.

(Motivo pelo qual pode ser interessante o uso de algum aplicativo como o FatSecret ou MyFitnessPal.)

Resumindo: Tanto a dieta low-carb quanto a cetogênica restringem a ingestão de carboidratos. A cetogênica restringe ainda mais. Por isso, é seguro dizer o seguinte.

Toda dieta cetogênica é uma dieta low-carb — mas nem toda dieta low-carb é cetogênica.”

Faz sentido? Toda cetogênica é baixa em carboidratos (porque restringe a ingestão deles). Mas nem toda dieta que restringe os carbos vai ser cetogênica.

Low-Carb E Cetogênica — Diferenças

Acabamos de ver algumas das semelhanças das dietas low-carb e cetogênica.

E agora vamos abordar as diferenças entre essas duas estratégias saudáveis.

Dessa forma, podemos começar falando da grande diferença entre elas: a dieta cetogênica tem como grande objetivo te fazer entrar em cetose.

Dieta cetogênica: entrando em cetose

Nesse estado metabólico, devido a baixa ingestão de carboidratos, seu corpo passa a usar principalmente os ácidos graxos (gorduras) como fonte principal de energia.

Essas gorduras podem ser provenientes tanto da sua alimentação quanto do seu tecido adiposo.

E são transformadas em corpos cetônicos antes de chegarem até nossos tecidos para ser consumidos como energia.

Por exemplo, o nosso cérebro não consegue queimar ácidos graxos diretamente.

Ele consegue lidar apenas com glicose ou com corpos cetônicos.

Como na cetogênica nós não estaremos fornecendo muita glicose, ele vai tirar a maior parte de sua energia dos corpos cetônicos.

E uma pequena parte dessa energia vem na forma de glicose.

Mas essa glicose não precisa necessariamente ser ingerida pela alimentação.

Porque o nosso corpo pode produzir através do processo de gliconeogênese.

Inclusive, muitas pessoas relatam que sentem até uma melhor cognitiva e de atenção durante a cetogênica — justamente por conta dessa mudança de combustível cerebral.

Como você talvez se lembre, clareza mental também é um dos inúmeros benefícios da prática de jejum.

E o jejum e a dieta cetogênica têm tudo a ver.

Porque essa dieta foi inicialmente formulada para poder simular alguns dos benefícios mentais associados ao jejum.

Especialmente para tratar casos de epilepsia em crianças.

Só que as crianças não podiam ficar em “jejum eterno”.

Então a dieta cetogênica surgiu como opção para o tratamento delas — e agora é uma estratégia seguida por milhares de pessoas.

E que tem vantagens claras em relação a jejuns muito longos.

Como, por exemplo, a ingestão adequada de gorduras para fornecer energia para as atividades do dia a dia.

E a ingestão adequada de proteínas para ajudar na manutenção da massa magra.

(Que é melhorada com o estímulo de um bom treino com pesos.)

Resumindo: a dieta cetogênica pode te ajudar a entrar em cetose. Isso é menos provável seguindo apenas a low-carb.

Low-carb: mais carboidratos, mas de boas fontes

A maioria das pessoas não entra em cetose fazendo uma dieta low-carb que tenha uma ingestão um pouco maior de carboidratos.

Justamente porque esse maior consumo de carboidratos impede que o corpo entre em plena cetose.

No caso, vamos sempre querer optar por carboidratos de fontes boas: a chamada comida de verdade.

(Então, a sua low-carb pode incluir frutas, raízes, e até mesmo leguminosas

Mas continua sendo prudente evitar o excesso de grãos e farináceos.)

Sendo que é possível entrar (e se manter) em cetose comendo um pouco mais de carboidratos caso sua demanda energética seja realmente alta.

Mas este não é o caso da maioria das pessoas hoje em dia: pois elas têm uma existência relativamente sedentária, que demanda menos energia.

O que faz com que, ao consumir uma maior quantidade de carboidratos, elas acabem por alternar entre as fontes energéticas ao longo do dia.

Dessa forma, elas estão em alguns momentos queimando gordura, em outros queimando carboidratos.

E não há problema algum em estarmos nessa situação.

Desde que seu corpo tenha a chamada flexibilidade metabólica.

“Flexibilidade metabólica” quer dizer, basicamente, que seu corpo consegue lidar bem tanto com a glicose, quanto com as gorduras.

Ou seja, você também vai queimar gorduras e emagrecer — mesmo na low-carb.

Não precisa estar em cetose para isso.

Sendo que boa parte da humanidade hoje em dia não consegue ter essa flexibilidade metabólica.

Pois seus corpos não estão condicionados a lidarem com a gordura como energia.

Muitas vezes, elas têm algum grau de resistência à insulina — e isso piora ainda mais a queima eficiente de gordura como energia.

Resumindo: Mesmo numa dieta low-carb não-cetogênica, com carboidratos de boas fontes, você consegue queimar gordura e emagrecer.

Low-carb e cetogênica podem aumentar sua flexibilidade metabólica

Tanto a dieta low-carb quanto a cetogênica podem aumentar a sua flexibilidade metabólica.

Sendo que fazer uma low-carb — mantendo sua ingestão de carboidratos abaixo dos 100g por dia, por exemplo — já pode ajudar seu corpo a lidar melhor com a gordura como combustível.

E, ao fazer uma dieta ainda mais restrita em carboidratos, como a cetogênica, você pode aprimorar ainda mais essa capacidade de seu organismo.

Sendo assim, esse pode ser um bom motivo para você experimentar a cetogênica por um período entre 4 e 12 semanas, por exemplo.

Claro que você não precisa viver em cetose para sempre (embora provavelmente possa), mas pode ser interessante adotar a cetogênica como um experimento — para você testar viver um período nesse estado de cetose.

Dessa forma, você aprende mais sobre como seu corpo funciona, e ainda aumenta sua flexibilidade metabólica.

(Nós adoramos experimentos: já fizemos inclusive experimentos com dietas vegetariana e carnívora.)

Mas existem outros motivos que podem levar alguém a optar pela cetogênica em vez da low-carb.

Por isso, vamos falar sobre alguns casos de pessoas que mais podem se beneficiar de uma dieta cetogênica.

E depois vamos falar sobre algumas das vantagens de uma dieta low-carb não tão restrita em carboidratos assim.

Para que, ao final do texto, você saiba como decidir a melhor dieta para o SEU caso.

Por Que Fazer A Cetogênica — Motivo #1: Tratamento Terapêutico

A dieta cetogênica foi primeira concebida como um tratamento para casos de epilepsia.

Isso porque ela simulava um estado metabólico que antes só atingido por meio de jejuns prolongados: o estado de cetose.

Sendo que as crianças em dieta cetogênica obtinham benefícios como a diminuição na frequência e na intensidade das crises.

E, a partir daí, a dieta cetogênica começou a ser usada para outras condições.

Inclusive para tratar questões cognitivas, como:

  • autismo,
  • mal de Parkinson, e
  • a própria epilepsia.

Atualmente, a dieta cetogênica está sendo muito estudada como tratamento adjuvante para casos de câncer, conforme a Dra. Janaina Koenen explica aqui.

Porém, é fundamental notar o seguinte.

Que, se você tem qualquer tipo de condição de saúde, como as citadas acima, você sempre deve ter o acompanhamento médico ao fazer qualquer tipo de mudança alimentar.

Até porque a dieta cetogênica nesses casos vai ser diferente de uma dieta cetogênica voltada para emagrecimento ou para manutenção de peso.

(Provavelmente vamos falar mais sobre essas diferenças num vídeo em nosso canal do YouTube — inscreva-se para ser avisado quando publicarmos novos vídeos.)

Resumindo: A dieta cetogênica pode ajudar a tratar várias condições de saúde.

Fale com o seu médico ou nutricionista sempre antes de fazer qualquer tipo de mudança alimentar.

Ele provavelmente vai te parabenizar por você estar cada vez dedicado e comprometido na busca por uma vida melhor e mais saudável.

Por Que Fazer A Cetogênica — Motivo #2: Diabetes

Continuando a falar sobre a dieta cetogênica para fins terapêuticos, podemos destacar seu papel no combate do diabetes.

E ela pode beneficiar tanto quem tem diabetes tipo 1 quanto diabetes tipo 2.

No caso de diabéticos do tipo 1, a dieta cetogênica pode acabar reduzindo a necessidade de medicação — como a insulina.

Assim colaborando na redução de sintomas desagradáveis, como a hipoglicemia.

Já para diabéticos do tipo 2, ela também pode ajudar na redução dos medicamentos.

E, ainda alguns casos, pode acontecer até mesmo a reversão total do diabetes.

Sendo que uma dieta low-carb pode ajudar nesse sentido também — mas muitos pacientes se beneficiam ainda mais de uma restrição maior, como no caso da cetogênica.

Resumindo: A dieta cetogênica é uma ferramenta poderosa para ajudar no tratamento do diabetes tipo 1 e tipo 2.

Por Que Fazer A Cetogênica — Motivo #3: Gordura No Fígado E Triglicerídeos

A dieta cetogênica também é muito indicada como tratamento para casos de esteatose hepática não-alcoólica — ou seja, gordura no fígado.

Mas Senhor Tanquinho, eu já tenho gordura no fígado — e você está dizendo para fazer uma dieta à base de gorduras?”

Se você já tem gordura no fígado, antes de mais nada você deve falar com seu médico.

No entanto, as evidências científicas são claras — e mostram o seguinte.

Que não são as boas gorduras de sua alimentação que causam “fígado gordo”.

Mas sim o excesso no consumo de carboidratos refinados (especialmente de frutose — que é parte integrante do açúcar) e de óleos vegetais refinados.

Sendo que uma dieta cetogênica bem formulada, rica em gorduras boas, fibras e proteínas, pode ajudar muito no tratamento desses casos.

Principalmente por restringir a ingestão do carboidratos e de óleos refinados.

Novamente, fica o aviso: fale com o seu médico antes de adotar qualquer mudança alimentar, especialmente se você tem alguma condição de saúde como a esteatose hepática não-alcoólica.

Resumindo: Uma dieta baixa em carboidratos pode ajudar a tratar gordura no fígado e triglicerídeos elevados (essas duas medidas tendem a andar juntas).

Sendo que a dieta cetogênica (por ser bem baixa em carboidratos, ou very low-carb) pode fazer parte de uma estratégia para reduzir a gordura no fígado.

Assista ao vídeo acima para entender melhor essa questão.

Por Que Fazer A Cetogênica — Motivo #4: Atletas De Elite

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Até agora nós mostramos situações nas quais a dieta cetogênica pode ajudar a melhorar ou reverter condições adversas de saúde.

Mas a verdade é que não são só as pessoas doentes que colhem benefícios de uma dieta bem restrita em carboidratos.

E alguns atletas de alto nível também podem melhorar muito sua performance ao segui-la.

Por exemplo, um atleta de ultra endurance (competições de corrida em distâncias acima de 100 km) pode se beneficiar da cetogênica.

Justamente porque, nela, seu corpo aprende a usar a gordura como combustível principal.

Afinal de contas, quando o atleta decide correr centenas de quilômetros de uma vez, seu corpo precisa de muita energia.

E nosso corpo não consegue estocar muita energia na forma de glicose: nosso corpo guarda glicose na forma de glicogênio (nos músculos e no fígado).

No entanto, um adulto consegue guardar em média cerca de apenas 2000 kcal de energia nesta forma.

Por outro lado, nosso estoque de energia na forma de gorduras é praticamente ilimitado.

E mesmo uma pessoa magra tem milhares e milhares de calorias estocadas na forma de gordura corporal.

Isto é: combustível de sobra para atividades extensas.

Logo, atletas que demandam muita energia por longos períodos de tempo podem se beneficiar disso.

Todavia, é importante atentar para a fase de adaptação que é necessária nos esportes — o treinador Rafa Lund falou um pouco sobre isso neste episódio de podcast.

Resumindo: Algumas modalidades específicas podem se beneficiar de uma dieta cetogênica, seja para o treinamento, seja para a competição.

No entanto, existem alguns casos de esportistas que podem se prejudicar com a cetogênica — veja aqui quais são eles.

Por Que Fazer A Cetogênica — Motivo #5: Preferência Pessoal

Por fim, existem pessoas que seguem a cetogênica simplesmente porque gostam dela.

Muitas vezes, começam como adultos saudáveis que estão acima do peso e querem emagrecer.

(Como os nossos alunos do curso Guia Dieta Cetogênica.)

Eles perdem peso e ganham saúde com essa dieta. E muitos acabam adotando a cetogênica para sempre.

Há também pessoas que estão felizes com seu peso e sua saúde — mas que gostam do estado de cetose por se sentirem bem, mais produtivas e focadas.

Por fim, há ainda pessoas que gostam das comidas e da praticidade desse estilo de vida.

Pois esta é uma estratégia alimentar que fornece alta saciedade, alimentos saborosos, e mesmo a possibilidade de comer menos vezes por dia.

(Aliando assim a cetogênica com o jejum intermitente.)

Nós mesmos seguimos a cetogênica por causa disso.

E usamos essa estratégia durante 90% do tempo, porque simplesmente nos sentimos muito bem com a dieta cetogênica.

Ela nos ajuda a controlar a fome, e praticamente elimina a vontade de doces.

Além disso, nós adoramos suas comidas, como queijos, carnes, ovos, e vegetais pobres em amido.

Então, simplesmente não temos motivos para mudarmos de dieta.

E, como somos adultos saudáveis, ainda abrimos espaço para exceções ocasionais (como cervejas artesanais) — mas sempre retornando a nossa base cetogênica.

Pois com ela conseguimos treinar bem, viver bem, comer bem, e nos mantermos saudáveis e em forma.

Resumindo: Muita gente adota a dieta keto para perder peso — e acaba ficando nela porque simplesmente é uma delícia.

Ela se torna um estilo de vida para muitas pessoas. Talvez possa ser o seu também.

Mesmo assim, algumas pessoas optam pela low-carb em vez da cetogênica. Vamos ver os 3 principais motivos para essa opção.

Por Que Fazer A Low-Carb — Motivo #1: Mais Fácil Adaptação

Se você vem de uma dieta padrão ocidental, talvez tenha alguma dificuldade se for mergulhar direto na cetogênica.

Não que a lista de compras da cetogênica seja algo mirabolante, ou fora do normal.

Mas sim porque vai ser uma mudança bem brusca da sua alimentação.

Além disso, nessa transição, provavelmente você sentirá os efeitos da keto flu (gripe cetogênica, ou gripe low-carb) de maneira mais intensa.

Por isso, mesmo pessoas que acabam seguindo a cetogênica como estilo de vida muitas vezes começam sua mudança alimentar com uma dieta low-carb.

Porque a adaptação tende a ser mais fácil.

E, como nós mesmos contamos em nossa história, o Guilherme começou seguindo uma dieta slow carb (que é diferente da low-carb) em sua jornada.

Depois passou a seguir uma alimentação mais low-carb.

E, hoje em dia, segue uma dieta cetogênica.

Sendo que, justamente pela transição suave, esse processo foi completamente indolor e sem sofrimento.

E pode ser uma alternativa para quem deseja entrar na cetogênica sem fazer uma transição tão brusca.

Resumindo: Uma dieta low-carb pode ser um “degrau” na sua escada rumo a um estilo de vida cetogênico.

Começar com a low-carb facilita a transição, e tende a resultar em uma mudança menos brusca de hábitos.

Além disso, pode ser que você “se encontre” na low-carb e atinja seus objetivos de saúde (como emagrecer, controlar a fome, melhorar os exames de sangue, dentre outros) simplesmente mantendo a dieta low-carb.

O que nos leva ao segundo motivo.

Por Que Fazer A Low-Carb — Motivo #2: Maior Adesão A Longo Prazo

Como você pode ter percebido, nós amamos a dieta cetogênica, e pessoalmente a seguimos durante 90% do tempo.

(Nos outros 10% comemos alguns carboidratos saudáveis, e mesmo aceitamos algumas exceções ocasionais.)

Mas tem gente que simplesmente não se adapta a essa “restrição toda” que veem na cetogênica.

São pessoas que sentem falta de algumas frutas mais doces, por exemplo.

Que, por vezes, gostam de comer um pouco de batata, ou mandioquinha.

(Ou quaisquer outros alimentos permitidos na low-carb.)

Este é o caso de pessoas que, muitas vezes, emagreceram usando uma estratégia cetogênica — mas agora estão mais permissivas com sua ingestão de carboidratos.

Numa espécie de “manutenção” dos resultados.

Se esse é seu caso, pode ser interessante seguir a low-carb em vez da cetogênica.

Afinal de contas, sempre ressaltamos que “a melhor dieta é aquela que você consegue seguir”.

E, se você se sente feliz ao seguir uma dieta pobre em carboidratos refinados, rica em comida de verdade, e em alimentos realmente nutritivos…

Nós te incentivamos a continuar.

Resumindo: Se você se sente melhor com a low-carb, e segue com mais facilidade esse estilo de vida, este é um ótimo motivo para mantê-la.

Especialmente se você não se encaixa nos “motivos para seguir a cetogênica” acima.

O que nos leva ao nosso último “motivo para fazer a low-carb”.

Por Que Fazer A Low-Carb — Motivo #3: Porque Não Precisa Fazer Cetogênica

Pode parecer óbvio e até mesmo tautológico — mas não tem porque se sentir mal por não seguir a cetogênica se você não precisa dela.

Afinal de contas, a dieta cetogênica pode trazer vários benefícios para a saúde — mas a low-carb consegue trazer os mesmos benefícios para você.

Sendo que nem todas as pessoas vão se adaptar a uma dieta cetogênica como estilo de vida — e tudo bem!

Ela não é uma dieta obrigatória para todo mundo.

Ela pode, sim, ajudar muito quem deseja emagrecer.

Ou quem se encaixa em alguma das 5 condições que falamos acima no texto.

Mas certamente não é a única forma de termos um estilo de vida feliz e saudável.

Por isso, por mais que a gente incentive experimentos que te ajudam a conhecer melhor o seu próprio corpo…

Incentivamos ainda mais que você tenha a clareza e a tranquilidade de optar por uma estratégia que funcione para você.

E essa estratégia não necessariamente é a dieta cetogênica.

Resumindo: Se você não tem nenhum motivo para fazer a cetogênica, e não se sente particularmente atraído(a) por ela, não a siga.

Ela não é o único caminho para a saúde e a boa forma física.

Conclusão E Palavras Finais

Neste artigo, vimos as principais semelhanças e diferenças entre as dietas low-carb e cetogênica.

E também falamos sobre 5 motivos que podem te influenciar a optar pela cetogênica.

E sobre 3 motivos que podem te fazer preferir a low-carb.

Li o texto todo, mas ainda não decidi: qual das duas é melhor para mim?”

A verdade é uma só: se você tem a intenção terapêutica, você tem que falar com o seu médico para ajudar a ajustar a alimentação para tratar a sua condição específica.

Porém, se você já é uma pessoa adulta e saudável e só deseja eliminar alguns quilinhos e se sentir melhor…

Ou então se deseja experimentar com o seu corpo e ver como é ficar em cetose…

Aí vale a pena você testar os dois tipos de dieta e ver qual funciona melhor para você.

Nós gostamos de experimentar com diferentes dietas como forma de conhecer melhor o nosso próprio corpo.

Se você não faz nenhuma ainda, talvez começar com a low-carb e ir diminuindo os carboidratos aos poucos.

Ou então, você pode começar com a cetogênica e depois de um tempo nela ir aumentando os carboidratos, reintroduzindo alguns alimentos.

As duas opções são válidas.

O importante é você fazer algo que funcione para você e que você se sinta bem.

Sendo que falamos bastante sobre aa cetogênica porque vemos muitas pessoas tendo resultados com essa estratégia.

E gostamos tanto da cetogênica que fizemos um curso completo em vídeo para ajudar você a dar seus primeiros passos nesse estilo de vida.

Ele é composto de mais de 7 módulos com aulas curtas e direto ao ponto, e conta com diversos recursos auxiliares também:

  • PDFs resumo,
  • infográficos,
  • planilhas,
  • livros de receita,
  • cardápios-exemplo,
  • livros de teoria,
  • suporte prioritário via email,
  • grupo secreto no Facebook,

e muito, muito mais.

Se você quer aprender mais sobre esse estilo de vida, eu tenho certeza que você vai se beneficiar com esse conhecimento.

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É um curso completo, com garantia (você pode testar por 30 dias), e tenho certeza que vai te ajudar — assim como já ajudou centenas de alunos a mudar de vida.

Estamos esperando você na área de membros do curso!

Um forte abraço,
— Guilherme e Roney, do Senhor Tanquinho.

15 comentários em “Dieta Low-Carb Ou Dieta Cetogênica — Quais As Diferenças E Semelhanças? Descubra Qual É A Melhor Para Você”

  1. Estou começçando a diminuir os carbs na minha low. Vamos ver como meu corpo vai se portar. Até agora não senti nada de ruim. perdi uns dois quilos, mas porque não quero perder e sempre que posso, eu coloco algo calórico. e a pele também está melhorando. meu objetivo é conseguir usar a gordura como combustível para treinar melhor e ter mais foco. Vamos ver como vai ficar daqui um tempo. Se eu entendi bem, com a low também dá para ter esses benefícios, né?

    1. Guilherme e Roney

      Oi Robb, tudo bom? Boa noite!

      Sim, com certeza você consegue tais benefícios com a dieta low-carb!

      Falamos mais sobre a questão das kcal aqui, pode te ajudar na manutenção do peso: senhortanquinho.com/calorias

      Espero ter ajudado. Forte abraço!

      1. Antes de ler esse artigo, eu achava que só dava para usar a gordura como combustível só na cetogênica. mas entendi que na low da sim. Muito bom. ah, tentei achar esse link que você me mandou para saber mais sobre as calorias, mas parece que deu erro no link. qual é o nome do artigo? valeu! sempre aprendendo com vocês.

      2. Faz 16 dias que comecei a diminuir os carbs e agora apareceram alguns sintomas. urinar muitas vezes já estava acontecendo. Agora começou os lábios ficarem secos e faz uns 3 dias que estou com dor de cabeça, bem fraquinha, porém constante. ontem comecei a repor sais minerais (sódio, magnésio e potássio). será que vai demorar para essa dor de cabeça ir embora? Dor de cabeça é uma das poucas coisas que me deixa de mau humor. KKK é bem fraquinha, mas chata porque é o dia inteiro. odeio tomar remédio e nem vou fazer. prefiro ficar um mês assim se souber que vai passar. KK

        1. Guilherme e Roney

          Oi! Bom dia =)

          Vai passar sim!! Falamos mais sobre isso aqui: senhortanquinho.com/gripe-low-carb

          Seguimos a disposição. Forte abraço!

  2. Boa tarde ! Uma dúvida, fígado de boi é liberado na dieta cetogenica? Estou com essa dúvida , em nenhum lugar fica claro. Na tabela nutricional se mostra uma carne com bastante carbos. Mas em alguns lugares vi as pessoas indicando para considerar zero.

    1. Oi Leonardo! Boa tarde

      Com certeza é liberado. O fígado tem cerca de 3g de carboidratos a cada 100g. Comendo meio quilo dele você tem apenas 15g de carboidratos!

      Isso certamente não atrapalhará a dieta de ninguém, ainda mais tendo em vista todos os benefícios presentes nele.

      Forte abraço

  3. Maria Zilda da Silva

    Eu me adaptei mais cortando os carboidratos logo de cara, mantendo em 25-30 gramas por dia, no início nem sabia que estava fazendo uma cetogênica kkk, Iniciei vendo os vídeos do Rodrigo Polesso no canal dele do youtube. Agora que perdi 13 kg estou tentando fazer uma cetogênica cíclica, nos fins de semana adicionando um pouco de carboidratos e diminuindo as gorduras nesses dias. Descobri o site de vocês a pouco tempo mas estou adorando acompanhar as dicas de vocês, sempre esto lendo os artigos e adquirindo conhecimentos preciosos com as informações que vocês passam, muito obrigada!!

    1. Bom dia Zilda, tudo bom?

      Legal ver que conseguiu tantos bons resultados, e agora está partindo para uma estratégia mais avançada, como é a cetogênica cíclica – boa sorte!

      Lembre-se de respeitar as calorias de manutenção nos dias de refeed de carboidratos, para evitar acúmulo de gorduras!

      Temos certeza de que terá ótimos resultados. Estamos a disposição para o que precisar – forte abraço!

      1. Maria Zilda da Silva

        Na verdade estou bem receosa com a inserção desses carbos nos fins de semana, comecei primeiro pela minha vida social, pra não ser a eterna “chata que não come” kk e segundo por que li que ajuda nos treinos, para abastecer os estoques de glicogênio. Porém ainda tenho gordura a perder, aí não sei se seria mesmo a melhor opção aderir à cetogênica cíclica agora.

  4. Eu andei lendo alguns artigos antigos esses dias e, agora, lendo este, na parte que cita a Slow Carb, fiquei com uma dúvida: vocês ainda acreditam na Slow Carb (e outras dietas citadas anteriormente, como a Dunkan e a do Dr. Atkins) como dietas eficazes no emagrecimento? Vejo que o blog se voltou totalmente para o estilo cetogênico, dando prioridade quase que total à dieta cetogênica. Vocês ainda acreditam em outros métodos citados anteriormente?

    1. Oi Fernanda, tudo bom?

      Muito boa sua dúvida… vamos lá!

      Se você acompanhar a gente em outras mídias sociais, talvez você veja a gente falando sobre esses pontos em outras oportunidades.

      Em primeiro lugar, acreditamos que a slow carb tem sim o seu espaço… mesmo ela sendo mais permissiva com carboidratos (leguminosas) e restritivas com gorduras (laticínios) – muita gente pode se adaptar melhor a ela do que a uma low-carb tradicional.

      Como por exemplo, para pessoas que são muito dependentes do feijão ou de dias livres.

      A melhor dieta é aquela que você consegue seguir =)

      E como o Tim Ferris diz, a Slow Carb é uma dieta com grande porcentagem de adesão! Principalmente no início. E isso é um ponto importantíssimo a favor dela.

      Falamos mais sobre ela aqui: https://www.jornalcruzeiro.com.br/blogs/rota-do-equilibrio/como-emagrecer-com-a-dieta-slow-carb/

      Já sobre a Atkins… como você mesma disse, a dieta Atkins nada mais é do que uma cetogênica nas fases iniciais, que depois vai se abrandando, mas sem deixar de ser uma dieta low-carb. Portanto, apesar de acharmos que a palavra ‘atkins’ está caindo em desuso, a sua fundamentação ainda é o que acreditamos. Sem contar que a abordagem em fases pode ser útil para muitas pessoas.

      Então, independente do nome, sempre defendemos a redução de carboidratos refinados, e aumento da ingestão de comida de verdade.

      Forte abraço!

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