Podcast #084 — Sauna, Jejum, Banho Frio E Hormese, Com Dr. Rodrigo Duprat

Conforme você vai colocando ferramentas na sua vida de melhora ou otimização do seu funcionamento, isso é um caminho sem volta. 

Depois disso, eu tô me sentindo melhor, tô performando melhor, tô com o meu cérebro mais claro, eu tô com a minha vida mais equilibrada… não tem por que parar.”

Nosso convidado de hoje aqui no podcast é o médico Dr. Rodrigo Duprat.

E hoje vamos falar sobre como você pode melhorar a sua saúde por meio de agressões ao seu corpo.

Mas calma — são agressões controladas.

Que vão te tornar mais forte, e mais apta a lidar com novos estímulos no futuro.

Bem de acordo com aquela frase que diz.

O que não me mata, torna-me mais forte.”

Este é o conceito de hormese — e hoje você vai aprender como usar a hormese para melhorar sua vida, sua saúde, sua imunidade, e muito mais.

Na verdade, ouvindo até o final, você vai saber tudo sobre:

  • como a vontade de cuidar de pessoas levou o Dr. Duprat a cursar medicina,
  • como o desencanto pela medicina tradicional o fez ver outros caminhos,
  • como a descoberta da yoga mudou a vida do Dr. Duprat e sua visão sobre o corpo humano,
  • a verdadeira distinção entre “medicina alternativa” e “medicina principal”,
  • tudo sobre a sauna: por que fazer sauna faz bem, e como a evolução nos moldou para ficarmos mais fortes após a exposição ao calor,
  • como ter os benefícios da sauna mesmo sem ter acesso a uma,
  • tudo sobre a hormese: o stress do bem que te ajuda a ser mais saudável,
  • como usar o banho frio para melhorar seu sistema imune,
  • como aumentar a imunidade naturalmente,
  • dieta low-carb e cetogênica são formas de hormese?
  • quais são outros hábitos saudáveis do Dr. Rodrigo Duprat (aposto que tem vários que você nunca nem ouviu falar),
  • por que melhorar sua saúde é um caminho sem volta,
  • como começar a colocar todas essas práticas em ação: duas medidas gratuitas para você colocar em prática HOJE,

e muito, muito mais.

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A transcrição completa do episódio está disponível abaixo.

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Transcrição Completa Do Episódio Com Dr. Rodrigo Duprat

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Guilherme: Olá, Tanquinho. Olá, Tanquinha, sejam muito bem-vindos a mais um episódio do nosso podcast. 

E hoje temos a honra de contar com o Dr. Rodrigo Duprat. Tudo bom com você, Rodrigo? 

Dr. Rodrigo Duprat: Tudo perfeito, a honra é minha de estar aqui com vocês. Satisfação poder falar para um podcast tão bacana, um conteúdo tão legal que vocês estão gerando para as pessoas, tô muito feliz de estar nesse papo com vocês. 

Roney: É um prazer ter você aqui com a gente. 

E, para quem não te conhece, o Rodrigo é médico, ele também tem um podcast (o Duprat Cast), é um dos mais ouvidos, é um dos mais populares aqui no Brasil. 

Então, a gente queria saber, Rodrigo, de onde foi que surgiu esse seu interesse pela medicina e pela medicina alternativa, num segundo momento, digamos assim. 

Dr. Duprat Gosta De Cuidar De Pessoas

Dr. Rodrigo Duprat: É muito curiosa a tua pergunta, assim, eu não sei o exato momento que eu comecei a gostar de medicina porque eu acho que eu era muito novo, assim. 

Eu sempre me vi fazendo duas coisas na vida, música e medicina. 

Então, eu sempre me vi assim, cuidando de pessoas, sabe, aquela criança que sonha com algo…  

Eu sempre me vi cuidando de pessoas, então eu acho que foi uma coisa meio que no DNA. 

Os meus pais eram médicos, na época — a minha mãe continua, a minha mãe ainda é médica; o meu pai largou a medicina já faz uns bons anos, e isso também influencia muito, porque você acaba vendo as histórias e tal, histórias de sucesso e insucesso.

E aí acho que quando eu tava acabando no colégio, já tinha certeza que eu ia seguir a carreira da medicina. 

O que seria um plano B, seria a música, porque eu já era músico na época, já tocava profissionalmente, então a musicalidade também veio com braço forte. 

O Desencanto Com A Medicina Tradicional

E aí, dentro da medicina, sempre tive muita curiosidade por alguns detalhes que não estavam, assim, muito bem claros na medicina tradicional. 

E até pela questão do dia a dia, do estresse médico, eu tive um pouco de dificuldade de me identificar com algum preceptor em todos os sentidos.

Eu gostava muito, às vezes, de um preceptor, de um professor, no quesito matéria, no quesito conhecimento, mas eu via o estilo de vida, via a pessoa meio desequilibrada e tal, e nunca me identifiquei. 

Então tinham poucos médicos ou quase nenhum durante a minha vida que eu falava, “putz, eu queria ter a vida desse cara”. 

Então, sempre gostei muito de entender um pouco o life style, o estilo de vida, se dedicar ao cultivo de um corpo mais saudável. 

E eu não digo nem pela estética, porque numa época assim eu me importava bastante com a estética também, do corpo, em relação à musculatura, à você estar na academia e tal, mas depois ficou muito uma coisa mais de saúde, mesmo orgânica, funcional. 

Dr. Duprat Descobre A Yoga

E aí, quando eu tava, acho que nos primeiros anos de faculdade, aos vinte e poucos anos eu comecei a fazer yoga, nessa época eu já tinha feito aí praticamente seis anos de artes marciais, lutas, karatê, desde os doze anos de idade, me dedicando às artes marciais. 

Então, quando eu entrei no yoga, eu pude entender que dava para eu dedicar tanto esforço para entender um pouco mais o meu funcionamento, para aprofundar um pouco mais na minha fisiologia, e ler um pouco o meu corpo de uma outra forma. 

E isso foi uma surpresa para mim, porque na faculdade a gente não tinha muito isso: eu não via o corpo de uma forma, praticamente, sútil, que a gente chama aquilo que não é visto. 

Eu via o corpo com pele, músculo, osso…  

Estudava os acidentes ósseos, a anatomia, as ligações entre as partes, mas eu não estudava energia sutil, eu não estudava a energia vital, prana, a energia que vinha através da respiração. 

E quando eu entrei no mundo do yoga, isso foi muito, assim, um choque para mim, e eu comecei a me sentir muito melhor. 

Antes de estudar o yoga, só de praticar, eu comecei a me sentir com muito mais vigor. 

Eu sempre fui muito sensível à mudanças, assim, de rotina. 

Se eu durmo um dia mais tarde e acordo um dia mais cedo, eu fico cansado no outro dia, então, eu sempre fui muito sensível. 

E quando eu senti mais vigor, assim, mais um vigor de uma forma muito nítida, eu falei: “cara, tem alguma coisa aí, tem alguma coisa que realmente faz sentido”.

E aí eu fui estudar e vi que realmente os caras estudavam isso muito há muitos anos atrás. 

Os sábios, iogues, há cinco mil anos, quatro mil anos atrás, nas primeiras escrituras védicas, onde surgiu o conhecimento na raiz, onde a gente passava de um estilo caçador e coletor nômade para um ser humano que começou a viver em comunidade, e nessa época os seres humanos, praticamente, puderam dividir as tarefas. 

Então, ao invés de você ter que que fazer tudo da sua vida, ao invés de você ter que caçar, cuidar da sua presa, cuidar do que você vai comer na próxima refeição, cuidar do seu espaço para você não ser atacado, cuidar da sua reprodução, agora você podia delegar a ação para vários seres humanos. 

Então um cuida da cidade, o outro planta, o outro faz artesanato, o outro estuda.

Então quando surgiram as cidades, esses sábios começaram a fazer a contemplação e a introspecção, e aí nesse momento eles, praticamente, entenderam um conhecimento através da observação do corpo. 

Um conhecimento que até ali nunca tinha sido descrito.

Medicina “Alternativa” Ou “Principal”?

Quando esse conhecimento veio à tona, eu comecei a comparar esse conhecimento com a medicina moderna, e é muito curioso que faz tudo muito sentido, e muita coisa não tá provada na ciência, e eu aprendi nesse tempo que, justamente, a ciência não vai provar tudo. 

Você pode provar com a sua prática, ou você pode ficar cético e cego a vida toda, mas a ciência ela tá para desbancar alguma coisa, e não para provar tudo. 

E aí eu comecei a me abrir para esse mundo, então a medicina — respondendo agora a tua pergunta (eu fui pro Japão e voltei, né) —  a medicina alternativa entrou na minha vida nesse momento onde eu já não me identificava com o estilo de vida e com a cabeça de algumas pessoas.

Porque a minha formação foi muito eclética, como eu disse, eu era músico, então eu circulava [entre vários grupos]. 

Eu estudei num colégio particular em São Paulo, então eu circulava desde um grupo mais mauricinho, assim, digamos, até uma galera mais roots, porque eu tive banda de música erudita, banda de música pop, toquei música sertaneja, fui contratado para tocar em coral, e aí eu tocava pagode, cavaquinho, tudo. 

Então, eu circulava em muitos meios, e eu sabia muito ser camaleão e identificar a coisa boa de cada meio, então eu muitas vezes tocava pagode num lugar super humilde e no dia seguinte eu tava numa apresentação de um festival pop dos melhores colégios de São Paulo. 

Então, como eu circulava em muitos meios, eu não conseguia me adaptar muito a um meio onde a cabeça é muito quadrada e muito fechada, que é a medicina. 

E aí foi uma junção explosiva, porque eu vi que a medicina alternativa tinha um super efeito na prática, na vivência, na experiência da vida, no vigor, em como você se sente, como você acorda. 

E, ao mesmo tempo, eu olhava para a minha redondeza, para os médicos que deveriam ser as minhas aspirações e eu não me identificava, e não porque eles não eram bons — não, tinha muita gente boa, admiro muito vários professores que eu tive. 

Mas eu não me identificava na totalidade, eu queria alguma coisa além, que não tava ali. 

E aí eu comecei a embalar num estudo de, realmente, uma medicina alternativa. 

Eu já vinha da minha adolescência estudando muito a parte estética, como eu falei, então eu já conhecia todos os suplementos alimentares, eu já fui aquele bodybuilder de academia que malhava duas horas, depois voltava mais duas horas na minha adolescência.

Então eu já tinha circulado aí nesse conhecimento de alguns suplementos, ou sabia bastante sobre proteína, alimentação… então, quando eu cheguei na faculdade com esse conhecimento, e aí tive esse insight aí de poder degustar de uma prática mais contemplativa, foi algo muito transformador, foi um caminho sem volta. 

Quem começou a estudar a medicina alternativa —  eu não gosto muito do nome alternativa porque é um pouco pejorativo aqui no Brasil a “alternativa”, parece que é alguma, assim, muito suplementar…

A medicina alternativa passa a ser até principal, quando a gente fala em prevenção, mais do que a medicina tradicional. A medicina alternativa para a prevenção ela é superior à medicina tradicional.

É claro que a junção das duas, talvez, seria um mundo ideal — eu chamo talvez de uma medicina integrativa, que integra todos os conceitos. 

Então, a medicina integrativa, no meu ponto de vista, ela é talvez um trampolim para uma visão mais aberta, para uma visão mais ampla, para uma visão onde você, talvez, não esteja tão enraizado em alguns conceitos onde você permite que coisas, talvez, sutis e não tão óbvias possa beneficiar o paciente. 

Sauna Faz Bem?

Guilherme: Perfeito, Duprat.

Ficou super completa a sua resposta, e realmente, o termo “alternativa” faz parecer que é algo muitas vezes “místico”, digamos assim.

Mas a gente quis dizer no sentido de que não é tão ortodoxo, não é o standard em todos os lugares que você vai. 

Chances são que se você for a um médico, muitas vezes ele vai ignorar vários desses conhecimentos que não são muitas vezes uma diretriz ou uma coisa, digamos, mais corrente.

E vai às vezes até desprezar esse tipo de conhecimento, julgando como não científico ou algo assim, embora a gente saiba que cada vez mais a ciência vai mesmo comprovando de maneira mais objetiva algumas técnicas e práticas que a medicina integrativa já via.

Ou mesmo costumes de alguns povos — que a gente vai descobrindo por que funciona, embora muitas vezes já se soubesse que funcionavam. 

Isso me leva à pergunta de um dos tópicos que a gente queria tratar com você, que é a questão da sauna

E um dos primeiros episódios que eu escutei do seu podcast foi a respeito da sauna, dessa prática tão interessante. 

E hoje em dia cada vez mais pessoas têm interesse nessa prática, seja para relaxar, seja porque acreditam que tem algum benefício de saúde.

Algumas pessoas acham que vão ter muitos benefícios, outros acham que vão ter menos, mas quais são os benefícios que a pessoa pode esperar? 

Por que alguém faria sauna, qual que é o resumo dessa ópera?

Dr. Rodrigo Duprat: É muito fácil, assim, entender um pouco o que a sauna poderia fazer. 

Quando eu tenho dúvidas, sabe, de algum tópico, eu volto para a natureza para perguntar para a natureza qual que é o fundamento. 

Então, vamos supor que você nunca leu nada sobre sauna, aí você fala “será que isso pode fazer bem ou fazer mal? Qual que seria o mecanismo?” 

Essa cabeça da curiosidade científica é muito interessante para que a gente não acredite em tudo, mas também para que a gente possa ter um bom senso de filtrar as informações e tentar levar para a prática pessoal o que faz sentido. 

Então, a sauna, se você parar para observar — vamos fazer uma reflexão sobre o que é a sauna — é um lugar quente, que você expõe as suas células, os seus trilhões de células, a uma temperatura desconfortável.

E aí por que a sauna poderia fazer bem? Qual que seria o mecanismo? 

Sauna E Evolução

Quando a gente volta na evolução desse mundo, é muito interessante: porque a gente passou por milhões, bilhões de anos — o primeiro ser vivo provavelmente surgiu 3.8 bilhões de anos atrás — a gente passou nessa trajetória por inúmeros desafios. 

Há três bilhões de anos atrás, o mundo era bem diferente, a temperatura era diferente, os gases que faziam parte da nossa atmosfera eram diferentes. 

Então, nesse momento, quando alguns conjuntos químicos começaram a se unir para formar o primeiro ser vivo — que era um ser muito mais simples do que nós temos hoje — a gente começou a ter uma dificuldade, a gente teve uma grande dificuldade que era como lidar com altas temperaturas. 

E passou de 50ºC, 60ºC, às vezes até 65ºC, algumas moléculas começam a perder a sua forma, elas modificam de forma.

Então, por exemplo, quando você pega a vitamina C, ela é super termo instável.

Qualquer coisinha que você altera a temperatura de um frasco de vitamina C, você perdeu o formato original da molécula.

E, nos seres vivos, a gente tinha essas dificuldades.

Porque o que é um ser vivo se a gente pensar numa definição nua e crua?

A gente tem uma grande diferença entre um grupo de moléculas que não é viva e um ser vivo. E um ser vivo é um ser que tem moléculas mais complexas. 

E a diferença de um ser vivo para um ser não vivo é justamente que para ter essa complexidade, ele aprendeu como reproduzir essa complexidade sem voltar da estaca zero — e eu vou traduzir isso que eu tô falando. 

Por exemplo, se eu pego um conjunto de átomos de carbono e hidrogênio, soltos na natureza, eles não são um ser vivo. 

Se eu organizo esses átomos em uma forma muito peculiar, e coloco, por exemplo, junto um átomo de oxigênio, ele pode ser um ser vivo, só que para ter essa complexidade, organização dessas moléculas, exige tempo, e exige muita dedicação, como se fosse montar um quebra cabeça gigantesco.

Se esse ser morre, não é preciso começar um ser do zero — porque demoram bilhões de anos para eu conseguir fazer isso de novo, e aí a vida arrumou uma solução muito fácil e prática para isso, que é código genético, o DNA. 

Então, o código genético DNA e RNA, a gente tem as duas formas de material genético, eles são, na verdade, tipo um molde, assim, tipo um gabarito das moléculas, como elas vão estar organizadas, como vou produzir as minhas proteínas. 

Então existe já um molde das proteínas que você pode produzir na sua vida, você nasce com esse código das proteínas que você pode produzir na sua vida. 

E aí — já vou voltar para a tua resposta, tô fosforilando mas eu não esqueci a tua resposta — para a gente entender o porquê que a gente tem dificuldade de lidar com o calor: o calor bagunça as moléculas, ele desnatura as proteínas.

E isso é muito ruim para um ser vivo, isso é um desafio.

Porque é como se você tivesse ali por dias montando um quebra cabeça, do tamanho da sua mesa, na sua sala, e chegasse uma criancinha que você convidou para uma festa e bagunçasse tudo. 

E isso é o que o calor é capaz de fazer num ser vivo, e aí, obviamente, você tem a regra e a anti regra na natureza. 

Então, qual foi a adaptação dos seres vivos em relação ao calor?

Eles começaram a produzir proteínas que chamam-se proteínas de choque térmico, então essas proteínas que são as heat shock proteins, elas servem para proteger as nossas moléculas do calor. 

Só que essas heat shock proteins protegem as nossas células de diversas maneiras, ativando vários modos no nosso organismo. 

Então, quando você expõe os seu corpo no calor, existe uma mensagem celular de diversas coisas que estão acontecendo no seu corpo, que ele tem que se adaptar porque se não ele vai perder a chance de estar aqui nesse mundo vivo.

E aí o calor faz isso por você, ele manda essa mensagem. E como que ele faz isso? 

O calor ele ativa alguns genes, por exemplo, a sauna ativa genes que se chamam FOXO3.

Esse FOXO3 é um dos genes que está mais linkado com a longevidade, as pessoas centenárias têm uma expressão muito boa desse gene. 

Quem tem uma boa expressão, quem tem… vamos falar em quantidade, como se você tivesse “mais gene”, como se esse tivesse falando mais alto, quem tem o gene FOXO3 falando mais alto, essa pessoa tem uma chance de ser centenária maior do que a pessoa que tem esse gene ruim ou fraco —  e a sauna ativa esse gene. 

Hormese: O Stress Do Bem

Por exemplo, ela expressa mais esse gene, então a sauna ela leva várias mudanças fisiológicas, agora respondendo de uma maneira mais prática a tua pergunta, você tem uma super vasodilatação.

Você tem uma resposta dessas heat shock proteins, você produz essas heat shock proteins que ajudam as suas células a saírem melhor da sauna do que elas entraram. Isso se chama hormese

A hormese é um conceito que veio da toxicologia, e ela diz o seguinte.

Você toma um veneno, uma dose que é tóxica, mas não vai te matar.

E o teu corpo, na hora que ele vai tentar se adaptar à essa toxicidade, quando ele volta, ele volta melhor. 

Então, assim, a hormese é o estímulo de estresse para o seu organismo que, quando você volta desse estresse, volta mais apto para lidar com o próximo estresse, a lidar com o próximo estímulo. 

Então, a sauna funciona como essa hormese: é um estímulo que te tira do conforto, ela te tira de uma zona em que o teu corpo estava no status quo, e te coloca para sofrer o estresse.

Você tem que otimizar o seu funcionamento, você tem que evitar que as suas moléculas caiam numa desordem, como que você vai fazer isso?

Pô, vamos nos fortalecer, vamos então produzir algumas substâncias para que a gente garanta que isso não aconteça. 

Então, por exemplo, você produz não só mais expressão do FOXO3, como você produz mais BDNF, que é um fator de crescimento que faz a neurogênese, ou faz a nossa neuroplasticidade, ajuda os nossos nervos a crescerem, ajudam os nossos neurônios a se conectarem mais.

Você aumenta a superfície de troca da sua pele, tipo você tem uma pele mais vascularizada, então isso permite com que você tenha uma excreção, uma secreção maior de suor, uma excreção maior de toxinas, então você diminui a inflamação. 

Por essa vasodilatação, por você conseguir aumentar o seu volume plasmático, principalmente para quem faz bastante sauna, você melhora muito a tua inflamação. 

E depois, logo depois da sauna, assim que você sai da sauna, você tem um pico de produção de hormônio de crescimento

Então é muito interessante que o teu corpo fala assim “bom, agora que acabou esse estresse, a gente pode voltar a construir um corpo”, vamos tentar lidar com o pós estresse, com o pós caos.

Então o teu corpo libera o GH, mais ou menos uma ou duas horas acontece um pico de GH, e depois o GH volta a cair de novo. 

Mas são várias mudanças fisiológicas que o calor pode fazer por você. 

E claro que isso é dose dependente, depende da temperatura que você vai se expor e da frequência. 

Como Ter Os Benefícios Da Sauna Sem Ir À Sauna

Roney: Perfeito, Rodrigo, e nesse caso, agora nesses tempos de COVID, e que as saunas e as academias estão fechadas no Brasil afora, você teria alguma dica de como emular alguns desses benefícios que a gente obtém na sauna, só que sem ir até uma sauna? 

Dr. Rodrigo Duprat: É, o ideal, eu espero que esse momento chegue, e eu inclusive fui atrás aqui no Brasil de algumas empresas de sauna domiciliares, que não têm o preço tão alto.

Então assim, se você for pensar no ideal, é você comprar uma cabine de uma sauna para a sua casa.

E tem agora, já tem no mercado algumas saunas mais acessíveis aonde você pode fazer uma sauna meio que individual para a sua família

Isso depois eu já vou explicar a questão não médica, ou vamos dizer, igual a gente falou no começo do episódio, “alternativa”. 

Agora, uma outra forma da gente simular isso é através de um banho quente frio, você alternar um banho quente com um banho frio. 

(O médico Dr. João Vitor falou sobre isso também em nosso podcast.)

Em geral, eu tenho uma facilidade a ter inflamação muito grande — isso é uma longa história — mas eu tenho muitas inflamações, eu tenho uma sensibilidade alimentar muito grande, então qualquer coisa que eu como fora do que eu poderia comer, eu tenho muita inflamação, eu já acordo um pouco mais travado, com as minhas articulações mais enrijecidas.

Então quando eu tô sentindo uma necessidade…. por exemplo, aqui no condomínio que eu tô a sauna fechou, e eu não tenho saunas. 

Quando eu vou visitar os meus pais no interior, aí lá a gente tem uma sauna, mas aqui eu não tenho, então o que que eu faço?

Eu ligo por mais ou menos uns dois minutos o chuveiro no puro quente, espero o vapor subir, e aí depois eu ligo no total frio, então eu fico um minuto nesse vapor e depois eu entro no banho frio completo.

Então o choque térmico também faz esse efeito, é um efeito diferente. 

Até se a gente comparar a sauna à lenha, a sauna infravermelha, a sauna a vapor e a sauna seca, até entre si elas têm efeitos diferentes, então, quando você faz isso num banho, tem um efeito diferente.

Não vai ser o mesmo efeito que você tem na sauna. 

Para você produzir as proteínas do choque térmico, principalmente a ativação desse gene, o FOXO3, a gente tem uma necessidade de uma temperatura um pouco mais alta, e o ideal seria uma temperatura de mais ou menos uns 70 graus por 15, a 30 minutos.

Então a gente não consegue isso no banho — e eu nem recomendo isso, porque a gente vai gastar muita água para fazer isso, eu já acho insustentável, e ainda mais vivendo em São Paulo, uma grande cidade que falta água direto no inverno.

Então eu não recomendo que façam esse tipo de sauna, esse tipo de uso da água como sauna, porque a gente vai acabar caindo num problema de sustentabilidade, o que não é bacana. 

Então, o que eu recomendo para fazer esse efeito é um ou dois minutos de água puramente quente, aberta, aí você pode até entrar numa água mais quente, molhando o teu corpo, e aí você desliga e liga na água fria total. 

Esse tempo que você perdeu deixando a água correr de um a dois minutos, você vai ganhar, porque a água fria, quando você toma banho de água fria você não consegue ficar muito tempo embaixo do chuveiro, então você vai tomar o seu banho bem mais rápido, e isso quando você estiver precisando. 

O ideal, o ideal mesmo é a sauna elétrica, que você tenha condições de chegar numa temperatura alta sem também ter esse ônus para o meio ambiente. Mas, dá para fazer sim em casa, dessa forma. 

Saiba Mais Sobre Hormese, Sauna, E Banho Frio

Guilherme: Excelente, Duprat. 

Então, pelo que eu entendi, não só a sauna tem os seus benefícios como a exposição ao frio também.

Isso também é algo que, obviamente, em excesso pode ser danoso para a gente, assim como o calor excessivo ou muito prolongado também pode ser danoso.

Mas em pequenas doses pode ser útil, o que volta nesse conceito de hormese. 

Você poderia explicar um pouquinho mais para o pessoal sobre a hormese? 

Sobre por que que ela pode ser útil para a gente? 

Você mencionou de passagem, mas eu queria ouvir um pouquinho mais sobre isso.

Dr. Rodrigo Duprat: Tá, perfeitíssimo. 

Cada estímulo desse de estresse, o corpo, nosso corpo é muito adaptativo.

Ele fica tentando arrumar uma maneira de poder se adaptar aos estímulos do meio ambiente e não perder a sua postura, não perder o seu posto, e isso tá já na nossa essência, em todas as células existe esse formato. 

Então o que acontece com a hormese é que você, realmente, tira as suas células de um conforto, então várias coisas podem acontecer quando você tira a tua célula do conforto. 

Você pode, por exemplo, ultrapassar o limite de regeneração ou de reparação, e aí você tem um estresse que não é benéfico, esse estresse passa a ser deletério, porque você vai gerar uma cicatriz nesse estresse, e isso vale até para um estresse mental, um transtorno pós traumático, por exemplo. 

Então todo estresse que a sua resiliência, a resiliência é a capacidade de você voltar à forma inicial depois de um estímulo que te deforma. 

Eu vou repetir: a resiliência é você tem, por exemplo, uma bolinha de borracha, você aperta essa bolinha de borracha, se você, por exemplo, tem uma bolinha pouco resiliente, a hora que você aperta, a hora que você solta, ela não volta total. 

Se a bolinha de borracha ela é altamente resiliente, você aperta e ela volta para o formato inicial. 

Então, existe uma equação onde quanto mais resiliente é o organismo, maior é o estresse que você vai dar para ele conseguir chegar nesse momento de hormese. 

Qual que é a hormese ideal? 

É aquela hormese que você estressa o corpo num limite onde ele vai ter uma recuperação completa. 

Nessa recuperação completa, o rearranjo celular e molecular vai ser mais favorável para um bom funcionamento daquela máquina. 

Então, se você, por acaso, der um estímulo muito pesado — vamos imaginar aqui que você está fazendo um treinamento de coaching num final de semana e o seu o seu coach decidiu praticar hormese com você, ele falou olha, eu vou te levar para um estímulo, vou levar o Guilherme e o Roney para um estímulo de alto estresse.

Para que vocês consigam — inclusive porque a musculatura cresce assim — vocês consigam fazer um estímulo de estresse na musculatura e quando vocês voltarem na semana que vem, vocês vão estar mais fortes. 

E aí, o teu coach coloca uma carga tão pesada que você tem uma ruptura do ligamento colateral, o ligamento lateral do seu joelho, ou cruzado, anterior. 

E aí você tem, na verdade, o estímulo de estresse irreparável, você vai ter que fazer uma cirurgia para reparar o estresse que foi colocado em você — isso não é hormese. 

A hormese é um estímulo que você consegue voltar ao seu estado inicial, e quando você volta, você produziu substâncias, você se preparou, você preparou o seu exército para que você esteja mais forte, mais organizado para um próximo estímulo, e isso vale para várias práticas na sua vida. 

Uma prática de hormese muito simples que você pode fazer, enquanto você ouve o episódio é, por exemplo, fazer retenção de sua respiração. 

Você faz a retenção, assim, respira, prendeu o ar e aí fica um minuto, um minuto e meio, isso gera uma hormese, você coloca o teu corpo no estresse, você vai aumentar tua quantidade de gás carbônico circulante no teu sangue, o seu centro respiratório vai captar isso, ele vai te forçar a ter incursões respiratórias, você vai querer respirar, e isso você está praticando a tua hormese. 

Só que se você, por acaso, chegar num limite onde, cara, eu apaguei, você passou da hormese. 

Eu apaguei, bati a cabeça e abri o meu couro cabeludo, você passou da tua hormese, então hormese é todo estímulo que você leva o teu corpo no estresse a ponto de conseguir voltar para o estado inicial, numa organização melhor do que você foi.

E você pode fazer o jejum para fazer isso, você pode usar o banho frio, você pode usar, por exemplo, substâncias que praticam essa hormese.

Então tem muitas substâncias que nos fazem bem que, na verdade, elas tiram o nosso corpo de um estado de conforto e te colocam num estado de estresse.

Por exemplo, a cafeína poderia dizer que é um stack que poderia estimular a sua hormese.

Então é muito interessante que o conceito de hormese — e ele pode ser levado para tudo, tanto para coisas físicas, para coisas mentais. 

Você estimular, por exemplo, numa fase onde você está precisando usar muito a mente, ou numa fase de estresse, você também estressar o corpo é muito interessante, porque você consegue tirar força daquela estímulo, justamente, a força física.

Então por exemplo, o concurseiro de um vestibular, o cara está numa super pressão psicológica ali, se ele também tem uma pressão física.

Ou seja, se ele tá estudando dez horas por dia, e durante uma hora ele faz um exercício super vigoroso, é muito benéfico para ele, porque ele vai primeiro mandar uma mensagem para o corpo que o corpo dele tá estressado junto com a mente.

Então ele consegue dar uma vazão melhor para esse estresse, ele consegue liberar endorfinas, então o corpo é muito sábio, o corpo se comunica muito, essas trilhões de células elas têm uma sabedoria muito grande, quase de um ser vivo para cada célula.

Então, é muito interessante trabalhar com hormese de várias maneiras. 

E aí você citou o banho frio, só para finalizar o raciocínio, o banho frio ele entra com um outro estímulo, ele é uma hormese só que ele já causa uma super vasoconstrição, em vez da vasodilatação.

O banho frio estimula o seu sistema simpático, você tem uma descarga de adrenalina, tanto que quando você entra debaixo do banho frio, a primeira coisa que você faz é fazer aquela respiração paradoxal, então isso faz com que você aumente a sua descarga de norepinefrina, de adrenalina.

E aí quando você sai do banho frio, você tem uma baixa, você tem uma queda dessa norepinefrina, e aí você tem aquele super bem estar, você libera endorfina, você libera uma cascata desinflamatória, o teu corpo ele entende que é para abaixar o metabolismo, você começa a ativar uma via que é AMPK, que é a via da escassez.

Essa via estimula nas suas células sobrarem poucas e boas, o mecanismo que chama autofagia, então é uma cascata de eventos que vão acontecendo, que você vai se beneficiando. 

Agora, tem muita gente que tem uma controvérsia grande em você fazer sauna e banho frio, porque tem algumas pessoas acreditam que com o banho frio, você anula o efeito bom da sauna, você deveria esperar uma hora para você tomar o banho frio. 

Eu gosto de tomar o banho frio logo depois da sauna, e tem várias vertentes sobre isso, não existe o certo e o errado, mas eu uso isso mais como um disruptor mental.

Dietas Low-Carb E Cetogênica São Hormese?

Roney: Perfeito, Rodrigo, perfeito. 

Então, a hormese seria também, mais ou menos, o conceito de antifragilidade, que você vai dando pequenos estímulos para ir ficando cada vez mais resistente, em um dado sentido — desde que você não dê um estímulo muito grande e quebre todo o sistema antes da hora, né. 

E, você citou vários tipos de hormese, como o banho frio, o jejum, o treino com pesos também seria uma forma de hormese, né. 

E uma dieta com maior restrição de carboidratos, será que também poderia ser considerada uma forma de hormese?

Dr. Rodrigo Duprat: É muito interessante a tua pergunta. Reflexivamente, poderia.

Uma restrição calórica por si só já é uma hormese.

Agora, uma restrição de carboidratos, se você tiver cetoadaptado, se você tiver o teu funcionamento do combustível de gordura, ou se seu corpo conseguir usar a gordura como uma fonte de combustível, e você consumir gordura, não necessariamente vai ser uma hormese: você só vai mudar do álcool para a gasolina, então assim, a mesma coisa que você comprou um carro flex, e aí você não quer colocar gasolina porque tá caro, você vai colocar o álcool. 

O teu carro ele não vai trabalhar sobre o estresse muito maior porque você está colocando álcool

Pelo contrário, muitas vezes, para o nosso organismo é interessante você ter essa flexibilidade metabólica, então assim, a tua pergunta é excelente, mas ela depende um pouco do contexto. 

Se você fizer uma restrição de carbo com restrição calórica, temos hormese.

Se você fizer uma restrição de carbo numa pessoa que não está cetoadaptada, não tem a flexibilidade metabólica, temos hormese.

Se você fizer a restrição de carbo, mas der gordura para uma pessoa que tá super acostumada, tem uma flexibilidade metabólica maravilhosa, uma super produção de corpos cetônicos, cara, o corpo vai adorar. 

Guilherme: Entendi, então a gente pode dizer que a hormese, no caso, esse estímulo extra é quando a gente sai da nossa zona de conforto.

Assim, como o treino: se você tem uma carga que é exigente para a pessoa que tá sedentária, ela pode estimular adaptações que para um indivíduo treinado não vão ser significativas, porque ele já tá adaptado àquele estímulo.

E nesse mesmo caso para restrição de carboidratos: quando a gente não está adaptado a queimar gordura como combustível, a restrição de carboidratos vai ser mais impactante, vai exigir mais, vai exigir essa adaptação.

E isso é diferente quando a gente já está adaptado. É mais ou menos por aí? 

Dr. Rodrigo Duprat: Sim, perfeito. Então, só complementando essa sua brilhante colocação, eu diria o seguinte.

O que é hormese para você, não necessariamente é hormese para mim.”

Guilherme: Excelente, então é uma coisa que tem que ser levada em termos individuais: cada pessoa vai ter a sua hormese. 

E a gente falou de vários hábitos interessantes até agora, incluindo o banho quente, quer dizer, a sauna, o banho frio, a restrição calórica, o jejum intermitente

E quais são os seus hábitos saudáveis, Duprat? 

O pessoal deve estar pensando “como é que a gente encaixa tudo isso em algum tipo de rotina para poder colher esses benefícios?”

Outros Hábitos Saudáveis Do Dr. Rodrigo Duprat

Dr. Rodrigo Duprat: Perfeito, perfeito. Eu gosto muito de fazer uma salada mista, que depende muito das minhas necessidades no momento. 

Eu tenho uma rotina dinâmica, assim, o que eu procuro fazer é ter várias ferramentas na manga para que eu encaixe essas ferramentas no momento certo, para aquela precisão, assim, para aquilo que eu preciso naquele momento. 

Então, eu me lembro — claro, agora na época da quarentena não — mas há uns dois meses atrás, a minha carga horária de trabalho era muito grande, e toda vez que eu fazia uma cirurgia pela manhã, eu às vezes tinha um consultório bem denso, bem pesado, no período da tarde, e eu tinha assim, uma hora de almoço, entre a cirurgia e o consultório que ia até umas onze da noite. 

Então, para ter um relax mental, para manter a sanidade mental depois de cinco horas concentrado numa cirurgia, num foco menor que uma bola de gude, por exemplo, que a gente opera de lupa, que aumenta duas vezes e meio, então às vezes a sua cabeça não mexe nem um pouquinho pro lado, então são quatro horas, muitas vezes, quatro horas e meia direto num foco único. 

A hora que você vai colocar a sua mente depois disso para você querer compartilhar ideias com as pessoas, falar, atender os pacientes no consultório, você já usou boa parte dos seus neurotransmissores ali na atividade da manhã. 

Então, o que eu costumava fazer nessa situação, eu precisava de alguma coisa rápida, intensa e que me desse um shock down dos neurotransmissores, então assim, eu só estou explicando isso para você entender o quão é importante você ter várias ferramentas, porque elas são muito flexíveis para encaixar na sua precisão. 

Mas para você entender primeiro o que você precisa. 

E aí, o que eu fazia, nesses casos, antes de almoçar eu fazia uma sessão de sauna com respiração. 

Eu faço um tipo de respiração pranayama dentro da sauna, e aí na sauna eu fazia cinco minutos de respiração, e mais ou menos de sete a doze minutos de yoga nidra, que é um sono acordado, você tem um sono consciente, você dorme mas você está consciente, ao mesmo tempo. 

Parece um conceito estranho, mas é uma habilidade que você tem de entrar no estado meditativo, que você relaxa o corpo inteiro e você tem um sono. 

É quase como se fosse uma pescada que você não sabe se você dormiu ou acordou, mas você também consegue ter sonhos, e isso permite com que a mente entre num shock down, é como se você pegasse o seu celular e fechasse vários aplicativos, apertasse o botãozinho do lado e deixasse ele esfriar um pouquinho. 

E aí, saindo da sauna, fazia dez minutos de estímulo binaural, que é um estímulo sonoro com um monotom em cada orelha, e em cada orelha fazia um barulho com um gap de alguns hertz. 

Esse gap o seu cérebro produz, então eu produzia, por exemplo, um gap de 10 hertz, que são ondas alfa, então eu fazia essa sessão de binaural, com um fone e um dispositivo de binaural, deitado no mesmo lugar que quando eu saia da sauna, na sequência eu ia para o banho frio, e aí eu tinha mais 20 ou 15 minutos para almoçar e tava novo, como se eu tivesse acabado de acordar, como se eu tivesse dormido uma noite. 

Então, assim, as ferramentas do auto cuidado, do lifestyle, elas permitem muita coisa na nossa cabeça e no nosso funcionamento, em como você vai performar, na precisão de sua performance. 

Então, assim, hoje na quarentena eu tenho uma hora para praticar yoga e mais meia hora para fazer um treino funcional e mais meia hora para fazer respiração.

Então eu tenho uma prática de duas horas matinal todos os dias, isso é muito mais fácil você estar no equilíbrio assim do que você estar no equilíbrio numa rotina muito corrida, mas é muito interessante que você tem ferramentas para colocar em vários tempos. 

Então se você tiver dez minutos, você tem que ter ferramentas para o seu lifestyle para dez minutos. 

Então, o mais importante é, agora falando de uma forma prática, você ter muitas ferramentas para aquele dia, então o dia que você tem cinco minutos para você fazer alguma coisa, para adaptar o teu corpo para aquele momento, lembre-se que a vida é dinâmica, cada dia deve ser vivido como uma nova vida, e cada noite é uma morte, então cada dia você tem uma necessidade. 

Então hoje a minha necessidade é ter um descanso de cinco minutos. 

Amanhã a minha necessidade é ter uma prática de duas horas, claro que a frequência faz com que você tenha consistência, e a consistência faz com que você tenha evolução, então é muito importante mesmo que se você tenha cinco minutos, faz cinco minutos. 

Então, eu faço uma junção de muitas ferramentas, eu uso o jejum, uso o banho frio, uso meditação, uso binaural, uso mantras, uso respiração, uso prática de musicalidade para a consciência, estados alterados de consciência através da música.

Uso alguns dispositivos de meditação, então dispositivos de neurofeedback, uso banho frio com a sauna, uso banho de gelo. 

Então, assim, dá para você colocar muitas coisas, inclusive os fitonutrientes aí, entendeu. 

Você pode usar, por exemplo, um chá de marapuama antes de sauna que você tem uma maior conexão, então você consegue entrar no estado meditativo de uma maneira mais rápida. 

Então, você tem vários efeitos inéditos que podem ser adicionados, é como se fosse se você fizesse a sua alimentação e você colocasse temperos

Conforme você vai ficando melhor na sua gastronomia, você vai colocando temperos mais arrojados, mais refinados. 

Então, assim, tem muitas ferramentas até antes de dormir existem ferramentas, a aromaterapia, o difusor, então a minha vida não tem um momento que não exista alguma coisa que ajude ou a minha performance ou meu bem estar naquela hora. 

Então para todos os momentos tem alguma muleta ali que eu ajudo o meu corpo a ter um funcionamento ótimo para aquilo que eu preciso, e isso não chega a ser um vício, mas chega a ser um lifestyle. 

Como Aumentar A Imunidade Naturalmente

Roney: Certo, Rodrigo. Caramba, são muitas ferramentas, muitas alternativas, várias coisas que eu particularmente nem nunca tinha ouvido falar, e vou com certeza dar uma pesquisada depois aqui do nosso podcast. 

Só que enquanto a gente tá gravando esse episódio, a gente tá em meados de maio, e esse podcast vai ao ar daqui um mês e meio, dois, e talvez até lá tenha dado uma baixada nessa tremenda crise pandemia, talvez não. 

Torçamos para que tenha dado uma diminuída, mas o que muita gente se pergunta durante essa época é sobre a questão da imunidade

As pessoas não ligam muito para isso durante sua vida, só que agora como isso tá muito em voga na televisão e em tudo que é lugar, elas agora estão com essa questão da imunidade na cabeça. 

E como tudo isso, todo esse conceito de hormese, todas essas ferramentas que você apresentou podem impactar a imunidade das pessoas? 

Quais seriam algumas dessas ferramentas que mais podem ter um impacto positivo na vida das pessoas?

Dr. Rodrigo Duprat: Fantástico, fantástica pergunta. 

Todas as práticas de hormese, em geral, elas aumentam, melhoram a imunidade.

Geralmente, a hormese, quando você põe um estímulo, potencialmente lesivo para o teu corpo, um estresse, você ativa o seu sistema imune, então todo estímulo de hormese, em geral, quando ele volta, as células do sistema imune voltam diferentes. 

Algumas estimulam a imunidade, outros estimulam a antiinflamação, e outros estimulam a modulação da imunidade, então você pode, por exemplo, vou passar agora para palavras leigas.

Você pode 

  • estimular você ter um exército com mais soldados, 
  • estimular os seus soldados a estarem mais calmos, ou
  • estimular os seus soldados estarem mais equilibrados. 

São coisas diferentes, então cada estímulo — não tenho como te falar de todos porque são muitos — cada estímulo vai funcionar de uma forma. 

Então, por exemplo, se você toma um banho frio, já tem muitos trabalhos com crioterapia e banho frio que diminuem muito a incidência e a recuperação de gripes.

Então tem estudos randomizados, que pegaram dois grupos, as pessoas ficaram gripadas, um deles ficou tomando banho frio e o outro continuou tomando banho quente. 

Quem ficou mais gripado, quem recuperou melhor da gripe? 

Então, tem vários estudos, esse por exemplo, tem um estudo com ratos, em relação à crioterapia, que eles perceberam que aumentou dois tipos de células, a célula o linfócito T, que é responsável pela nossa imunidade adquirida, a imunidade celular.

E na questão da imunidade existe uma memória, quando você se expõe de novo a um patógeno, os linfócitos T fazem um bom papel, e as células NK — as células da nossa imunidade inata, que é aquela imunidade que são um dos primeiros soldados a quererem enfrentar um invasor. 

Então assim, um banho frio ele estimula essas duas células que são células essenciais para o nosso sistema de defesa, mas ao mesmo tempo, o banho frio talvez é capaz de modular isso.

Durante o banho frio, você tem uma reação noradrenérgica, você tem essa reação de estresse e etc., mas depois você tem uma anti inflamação, você estimula essa via que a gente chama de AMPK.

Você estimula essa via de uma sinalização celular de que houve uma escassez, talvez por um hipofluxo, quando você tem uma vasoconstrição — pode ser, a gente não sabe o mecanismo perfeito, correto — mas um banho frio ele é um bom modulador do seu sistema imune. 

Por exemplo, quando você toma vitamina C, você também tá fazendo um estímulo do seu sistema imune.

Você consegue dar suporte para as suas células terem processo de defesa, em que elas funcionam como cofatores de vários processos celulares, como antioxidantes, então também tem vários estudos com vitamina C, com doses de um grama por dia, ou dois gramos por dia, comparando as doses. 

O que acontece se os pacientes ficam gripados? Eles melhoram mais, melhoram menos?

Então são várias ferramentas que os seres humanos podem usar e que estimulam o nosso sistema imune de formas diferentes. 

Algumas vão aumentar muito a nossa imunidade.

O banho frio ele melhora de forma geral a imunidade, ele aumenta a fertilidade, coisa que o calor não faz. 

Uma das coisas que a gente precisa tomar cuidado no calor é a diminuição da nossa fertilidade, então você vê que cada estímulo de hormese vai agir de uma forma muito específica, para que você tenha um resultado. 

Em geral, sistema imune precisa tomar um pouco de cuidado com o exagero, então se você passa da hormese e passa a ter um estresse muito intenso, você vai ter uma queda do seu sistema imune. 

Então, isso vale, por exemplo, para o sol. 

Se você toma sol, o sol também pode funcionar como estímulo bem interessante no nosso organismo

Se você toma sol, você estimula a tua produção de vitamina D, o que é excelente para o seu sistema imune, só que se você toma um sol acima do normal, se você, por exemplo, fica queimado, bronzeado, e tem aquela resposta inflamatória, se ficou vermelho, aquele ponto que você pega na perna e tá doendo, ardendo, você tem uma queda do sistema imune.

Tanto que não é tão infrequente você ir para a praia fazer uma viagem, e aí duas ou três pessoas que estavam na casa voltou com herpes porque tomaram sol o dia todo e baixaram o seu sistema imune. 

Algumas doenças autoimunes melhoram no sol, porque você baixa a tua resposta imune.

Então assim, o sol ele pode ser um super estimulante do seu sistema imune, ou ele pode ser um agressor para o seu sistema imune, é aquela questão da diferença entre o veneno, o remédio e a dose. 

E isso vale também para a hormese.

Então, respondendo a tua pergunta de forma clara, existem muitas coisas que estimulam o sistema imune, mas a resposta principal é você saber a sinergia entre elas e você usar todos esses mecanismos de uma forma equilibrada. 

Não adianta nada você achar que tá tomando banho frio, que a tua imunidade tá alta, e tua alimentação tá péssima.

Então não adianta nada pensar assim: ah, vou fazer o seguinte, vou começar com o banho frio e logo na sequência eu vou ficar quase 18 horas em jejum, mas aí quando eu quebrar o jejum eu vou comer uma pizza.

Então assim, você fez duas práticas excelentes de hormese e depois você inflamou o teu corpo que estava necessitando aí de um afago, de um apoio, você jogou alguma coisa que vai inflamar bastante o teu corpo. 

Então, uma parte da sua hormese vai ser perdida. 

Então eu acho que o principal conselho, quando você quer encaixar práticas de hormese para a tua evolução, e para você ter um sistema imune mais forte, eu acho que, primeiro, conhecer as suas fraquezas, onde estão as fraquezas: você é uma pessoa alérgica, você é uma pessoa atópica?

Você tem que ver o que você está colocando para dentro, porque o que você está colocando pra dentro está reagindo. 

Não, eu não sou alérgico, eu não sou atópico, como é que é a tua tolerância ao calor, e a tua tolerância ao frio? 

Geralmente o que você tolerar menos é a sua fraqueza — então você tem que se conhecer para entender qual estímulo de hormese vai estimular o teu corpo a estar mais equilibrado, e não mais desequilibrado. 

Começou A Melhorar, Não Tem Como Parar

Roney: Fantástico, Rodrigo. 

Acho que ficou bem completa essa questão da imunidade e da hormese. 

A gente falou bastante desses assuntos — e, antes de a gente passar para a próxima perguntinha, eu queria saber se você acha que ficou faltando falar alguma coisa nessa questão da hormese ou da sauna, ou da imunidade, se não a gente já pode ir para a próxima. 

Dr. Rodrigo Duprat: Eu acho que já pode ir para a próxima, eu acho que tem sempre coisas bacanas para eu falar nesse assunto, daria para a gente falar mais as questões moleculares, tem muitas vias celulares de comunicação incríveis, mas acho que não é muito o objetivo, é uma introdução inicial mais para as pessoas meio que terem contato.

E você comentou de forma até engraçada, a questão de “nossa, tem muita coisa que você faz aí que eu nunca ouvi falar”.

As pessoas às vezes acham que eu vivo a vida meio etezóide, assim, tipo, “cara, você faz umas coisas muito bizarras” e que pra mim é super natural. 

Eu acho que conforme você vai colocando ferramentas na sua vida de melhora ou otimização do seu funcionamento, é exatamente como eu falei daquele estudo da medicina alternativa, é um caminho sem volta. 

Igual você falou: depois disso, eu tô me sentindo melhor, tô performando melhor, tô com o meu cérebro mais claro, eu tô com a minha vida mais equilibrada, não tem porquê, agora é daqui pra próxima, e assim segue. 

Então, você acaba virando uma vida meio avatar, como eu chamo.

Como Começar Nesta Jornada

Roney: Com certeza, e foi bom que você tocou nesse ponto, que eu queria justamente perguntar quais que você acha que são esses tipos de hormese, esses tipos de estímulos mais acessíveis para alguém que ouviu a entrevista aqui e tá querendo começar com algumas dessas práticas. 

Acredito que, por exemplo, o jejum seja relativamente acessível, que basta você tirar uma refeição, e qual que você considera mais acessível. 

Dr. Rodrigo Duprat: Eu acho que realmente você tocou aí no mais acessível, com certeza. 

O jejum hoje, eu acho que ele talvez seria o meu number one, por que? 

Porque você tem muitos benefícios, cada tipo de jejum vai trazer um benefício, você pode fazer o jejum de um dia todo, algumas vezes por semana, você pode fazer o jejum intermitente, que a gente chama de janela alimentar, que você decide quantas horas por dia você vai comer, quantas horas você vai ficar em jejum. 

Você pode fazer um jejum mais prolongado, tem jejum de cinco dias com água, tem vários tipos; tem o jejum o ramadã. 

Então, assim, o que é interessante no jejum é que você, em geral, poupa não só o seu corpo de um grande estímulo, ou seja, de um grande trabalho de assimilar, de digerir, de quebrar substâncias, de ver o que que pode ser bom, o que pode ser ruim, o que é tóxico, o que não é. 

Você poupa o teu corpo desse trabalho, mas você poupa também o teu bolso de uma refeição

Então, talvez, o jejum hoje, nesse quesito quarentena, onde tem muita gente que tá com redução salarial, eu acho que seria o número um. 

Não entendo um motivo de você não praticar o jejum, hoje, até como um estímulo, de assim, se amanhã faltasse comida no mundo, o quanto eu estaria apto para comer, o quanto eu estaria apto para ficar mais horas sem comer. 

Então, eu acho que é muito interessante colocar o jejum como uma prática de ensinamento moral para as suas células. 

Eu só não recomendo jejum para aquelas pessoas que têm um problema no metabolismo da glicose, então a pessoa que toma hipoglicemiante, essa pessoa tem que procurar um profissional antes de fazer. 

O resto eu recomendo o jejum a todos de uma forma coerente e começando aos poucos

Agora, as outras formas naturais de você fazer uma hormese, você pode, depois do jejum, talvez uma outra que é muito acessível e de graça, é você fazer práticas de respiração.

Porque você coloca o teu organismo numa zona fora do conforto, com retenção, com ar, sem ar, com práticas de respiração de vários tipos, pelo nariz, pela boca, mais acelerada, mais devagar.

Você pode fazer uma prática de nariz alternada para equilibrar o seu fluxo, então a respiração te coloca numa zona de desconforto que você é obrigado a estar no conforto para se adaptar àquilo.

E pensa comigo: é como se você tirasse as duas coisas mais importantes para o organismo por alguns momentos, que é o oxigênio e o fluxo calórico de glicose. 

Então a gente tá falando aqui dos nutrientes básicos para a vida. 

Como é que você gera ATP, você faz a glicose entrar na sua mitocôndria, ciclo de krebs, lembra aí, rasga o caderno de bioquímica, e aí você produz 38 tps através de oxigênio mais glicose. 

Então, se você quer trabalhar na hormese, de graça, tira a glicose, tira o oxigênio por um período, e aí você vai treinar o teu corpo de graça, de uma forma magnífica na raiz da questão. 

Guilherme: Excelente, Duprat. São coisas super simples, e eu acredito que tem um ponto extra para o jejum, comparada com outras formas, como a sauna e outras coisas que a gente mencionou, é que ele envolve você retirar uma coisa e não acrescentar mais algo na rotina, né. 

Então, muita gente sabe que exercício é importante, ou pode estar motivado para começar a sauna, ou qualquer prática do tipo, porém dão a desculpa de que não têm tempo para isso. 

Enquanto para jejuar você não precisa de um tempo adicional, né. 

Na verdade, até poupa o seu tempo. 

E, para quem escutou a gente até aqui, com certeza gostou desta introdução e quer saber mais, quer aprender mais sobre você, ver outros conteúdos seus, como que o pessoal pode acompanhar um pouco mais do seu trabalho?

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Em geral, eu abro a opção das pessoas entrarem nesse grupo mensalmente ou bimestralmente, ainda não existe uma cronicidade. 

Geralmente quando eu acabo um assunto, eu encerro um assunto, as pessoas aprenderam sobre esse assunto, aí é hora de permitir novos integrantes entrarem, para as pessoas não entrarem no meio e não entenderem nada e prejudicarem aquelas pessoas que já estão aprendendo. 

Então, a gente tem então a assinatura, essa assinatura premium que eu acho que avatar life, temos o podcast, que é de graça, temos todos os conteúdos do Instagram, IGTV, e agora eu tô voltando alimentar um pouco o meu Youtube com alguns vídeos. 

Então, se você gostou desse conteúdo, se você quer otimizar a tua mente, o teu tempo, você também é muito bem vindo. Todos os links do Duprat aqui.

Roney: Perfeito, Rodrigo, vamos deixar todos os links aqui na descrição do podcast, para o pessoal poder te acompanhar, poder conhecer o seu programa e tudo mais. 

E, agora, eu queria te agradecer muito pela entrevista, ficou uma entrevista maravilhosa, muito rica, e foi um prazer falar com você, Rodrigo, muito obrigado.

Dr. Rodrigo Duprat: Foi um prazerzão, prazer é todo meu, parabéns aí pelo sucesso de vocês, parabéns pela iniciativa e essa consistência que vocês estão fazendo a tanto tempo. 

As pessoas estão precisando cada vez mais de conteúdos assim, parabéns pela eloquência e pela clareza de vocês dois, eu gostei muito de estar aqui com vocês e espero estar mais vezes aí.

Roney: Ah, que legal, Rodrigo, muito obrigado pelos elogios e, mais uma vezes, obrigado pela presença. 

E eu também queria aproveitar para agradecer os tanquinhos e tanquinhas que nos escutaram até agora. Se você gosta dos nossos podcasts, das nossas entrevistas, então não deixe de se inscrever. 

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