Leite É Low-Carb? Leite E Derivados Nas Dietas Baixas Em Carboidratos

Não adianta chorar pelo leite derramado…”

… Ou pelo leite não tomado.

Muita gente fica triste ao começar uma dieta low-carb e descobrir que o leite dificilmente entra neste estilo alimentar.

A boa notícia é que, com alguns cuidados, você talvez possa sim consumir leite numa dieta baixa em carboidratos. Como a estratégia low-carb — e talvez mesmo a cetogênica.

Então, leia este artigo sobre o leite na low-carb e cetogênica com muita atenção.

Porque, após a leitura deste rápido texto, você vai saber exatamente:

  • se o leite tem carboidratos e é um alimento low-carb,
  • quais derivados do leite entram na dieta low-carb — e quais ficam de fora,
  • qual a grande diferença entre o leite e o creme de leite,
  • se o leite integral, o leite desnatado, e o leite sem lactose entram na low-carb, 
  • a verdade sobre o uso de leite em pó em receitas low-carb, e mesmo
  • quais os melhores substitutos para o leite na dieta low-carb e na dieta cetogênica.

Ou seja: este é um artigo completo sobre o tema — não é “café com leite”. 😉

Se você se interessa por dieta baixa em carboidratos, recomendo que baixe gratuitamente aqui o “Seu Primeiro Cardápio Low-Carb”.

Este é um manual passo a passo para você emagrecer com esta estratégia, que explica como começar, o que comer, um exemplo de cardápio para 7 dias, e ainda traz algumas receitas bônus.

Tudo isso gratuitamente. É só baixar aqui.

Dito isso, vamos começar falando do leite, e ver sua informação nutricional.

Vamos falar também de leite integral, desnatado, semidesnatado, e leite sem lactose.

E, por fim, falaremos dos derivados do leite — e também de possíveis substituições.

O Leite É Um Alimento Low-carb Ou Cetogênico?

Vamos analisar a informação nutricional do leite.

Para fazer isso, você pode pegar a embalagem dos leites que encontra à venda no supermercado.

(Ou pode acessar nossa tabela grátis com os nutrientes dos principais alimentos.)

Em ambos os casos, você vai ver que um copo de 200ml de leite contém cerca de 10g de carboidratos líquidos.

Isso pode não ser uma quantidade absurda — ainda mais se você faz uma low-carb com, por exemplo, 100g de carboidratos ao dia.

Mas, caso faça uma dieta cetogênica, 10g de carboidratos é bastante coisa.

Isto é: um copo de leite tem 10g de carboidratos líquidos. 

Se isso vai se encaixar na sua estratégia, depende da quantidade de carboidratos que você pretende ingerir por dia.

Mas talvez você tome menos do que um copo de leite por dia.

Talvez apenas use um pouquinho, para “dar uma corzinha” ao seu café preto.

Neste caso, talvez você esteja se fazendo a seguinte pergunta.

Mas e se eu tomar só um pouquinho?”

E esta é uma pergunta válida — que gera duas possíveis respostas.

A primeira é bem objetiva: adicionar um pouquinho de leite ao seu café simplesmente não vai jogar todos os seus resultados por água abaixo.

Especialmente se você está buscando emagrecer.

Porque certamente não foram 30, 40 ou 50ml de leite por dia que levaram você a ganhar bastante peso.

Então, se o resto da alimentação está ajustada, eu não me preocuparia com a ingestão de uma pequena quantidade de leite.

No entanto, a segunda resposta traz uma reflexão importante.

Porque nós acreditamos que seguir uma dieta low-carb e adotar um estilo de vida saudável envolve mudar alguns hábitos.

Isto é: mudar os alimentos que fazem parte da sua rotina, do seu dia-a-dia.

Especialmente quando existem substituições interessantes — como é o caso do leite acrescentado ao café.

Algumas dessas opções poderiam incluir:

Sendo assim, nosso ponto é o seguinte.

Se o seu objetivo é única e exclusivamente o emagrecimento, então provavelmente adicionar 50ml de leite no seu cafezinho não vai te fazer mal.

(Lembre-se de não adoçar o café.)

No entanto, se você busca uma mudança completa de estilo de vida… 

Então pode ser interessante mudar esse tipo de hábito também — e abrir mão do leite no seu café da manhã low-carb.

Além do que pode ser que você de fato se sinta melhor sem leite — vamos falar sobre lactose mais à frente neste artigo, continue lendo.

Resumindo: O leite não é compatível com uma dieta low-carb ou cetogênica que visa mudanças de hábitos e mentalidade a longo prazo.

Com cerca de 10g de carboidratos líquidos a cada 200g, o leite dificilmente seria considerado um alimento low-carb. 

Além disso, ele vem na forma líquida, o que confere pouca saciedade. (Isso significa que 10g de carboidratos do leite vão provavelmente te deixar menos satisfeito do que 10g de carboidratos de brócolis, por exemplo.)

Relacionado: está perdido com as substituições e alimentos? Conheça o Treinamento Cardápio Tanquinho e acesse um menu completo para 147 dias de alimentação low-carb + receitas + planilhas + bônus

Leite Desnatado É Low-Carb? E O Leite Integral?

E quando nós falamos de leite, nós estamos falando de todos os tipos de leite:

  • desnatado,
  • semidesnatado, e
  • integral.

Pois todos eles têm praticamente a mesma quantidade de carboidrato por porção: o que varia é a quantidade de gordura.

Note que a gordura naturalmente presente nos alimentos não é ruim para nossa saúde — e a maior parte das pessoas de fato acha mais saboroso o leite semidesnatado ou mesmo o leite integral.

Ao mesmo tempo, entendemos que consumir energia na forma líquida (bebidas como sucos, cerveja, refrigerantes e mesmo leite) é algo que atrapalha o controle dos seus mecanismos de saciedade.

E que você pode querer minimizar a ingestão dessas calorias — o que poderia levar certas pessoas a optar pelo leite desnatado.

De toda forma, nenhum deles realmente se encaixa como alimento-base da dieta low-carb ou cetogênica.

Pois este papel continua pertencendo às carnes, ovos e vegetais e frutas baixas em carboidratos.

Resumindo: o leite (seja integral, desnatado ou semidesnatado) não vai entrar na sua lista de compras low-carb

Se está perdido sobre como começar uma estratégia low-carb ou cetogênica, baixe grátis o Seu Primeiro Cardápio Low-Carb.

Leite Sem Lactose É Low-Carb Ou Cetogênico?

Seguindo na discussão sobre tipos de leite, recebemos bastantes perguntas sobre o leite sem lactose.

E a maior parte delas se baseava no seguinte raciocínio.

“A lactose é o açúcar do leite. Como o leite sem lactose não possui este açúcar, ele é baixo em carboidrato… certo?”

Sendo que esse pensamento até faz algum sentido.

No entanto, ele está errado.

Para explicar melhor a questão, vamos começar entendendo o que é a lactose.

O que é a lactose?

A lactose, como muita gente já sabe, é o açúcar do leite.

Sendo que o açúcar lactose é uma molécula composta por duas outras moléculas: a galactose e a glicose.

Mas por que a lactose recebe tanta atenção?

Isso acontece porque muitas pessoas não lidam com esse açúcar adequadamente.

De maneira mais objetiva, essas pessoas não possuem a enzima lactase — que ajuda a digerir a lactose.

Isto é: esta enzima “quebra” o açúcar lactose em dois açúcares menores.

Sendo assim, quando essas pessoas ingerem alimentos com lactose, a tendência é que sintam desconfortos gastrointestinais.

E, obviamente, as pessoas que são intolerantes à lactose se sentem melhor quando deixam de ingerir esse açúcar.

Foi pensando em atender a esse público que o leite sem lactose foi criado — e não no público low-carb.

Será que eu tenho intolerância à lactose?

Se você não sabe se tem intolerância à lactose, pode ser interessante evitá-la por um tempo, e ver como se sente. 

E, depois de um tempo, vale o teste de reintroduzir. 

Este é o princípio por trás das dietas de eliminação, como o protocolo Whole30.

(Mas você também pode ter simplesmente algum tipo de sensibilidade a FODMAPs.)

Mas, falando um pouco mais sobre a intolerância à lactose: ela parece ocorrer em frequências diferentes entre povos de ancestralidades distintas.

(Isto é: ela se distribui de maneira distinta dependendo da sua origem étnica.) 

Por exemplo, as populações do norte da Europa (como os países nórdicos), tendem a lidar melhor com a lactose do que as populações orientais.

Porque elas desenvolveram a chamada “persistência da lactase” — o fato de a enzima que digere a lactose persistir até a idade adulta.

Nessas populações, a ocorrência de intolerância à lactose é menor do que entre os japoneses ou chineses, por exemplo.

Fizemos um artigo completo sobre lactose, intolerância à lactose, e outras alergias relacionadas a laticínios. Vale a pena dar uma olhada.

Resumindo: A intolerância à lactose é uma característica que varia de indivíduo para indivíduo.

Mas, em caráter populacional, a sua ancestralidade recente parece estar de alguma forma relacionada com a ocorrência da intolerância à lactose.

De toda forma, vamos voltar à questão principal: afinal de contas, o leite sem lactose é low-carb? 

Leite sem lactose não é um alimento low-carb

Conforme nós falamos acima, a lactose é o açúcar do leite. 

E o leite sem lactose, como o próprio nome já diz, não tem esse açúcar.

Mas ele ainda assim não pode ser considerado low-carb (inclusive incluir leite sem lactose é por vezes um erro comum aos iniciantes na dieta).

Isso porque a lactose não foi removida do leite — mas sim previamente digerida.

O que acontece é que, durante o processo de fabricação dos “leites sem lactose”, é adicionada justamente a enzima chamada “lactase”.

E a lactase é a responsável pela digestão da lactose em galactose e glicose. 

Por isso, os indivíduos com intolerância à lactose podem tomar esse leite.

Pois, apesar de não lidarem bem com a lactose em si (por não terem essa enzima), eles não apresentam problemas com relação aos açúcares que a compõem.

Mas repare que a quantidade de açúcar permanece a mesma.

Resumindo: No leite sem lactose, o açúcar é separado em suas unidades básicas.

Isto é: a lactose (açúcar que resulta da junção de glicose com galactose) foi quebrada nesses dois açúcares menores. 

Mas a quantidade total continua a mesma. Por isso, assim como o leite “normal” não é low-carb, o leite sem lactose — que contém a mesma quantidade de açúcar — também não o é.

Pois ambos têm a mesma quantidade de carboidratos do leite normal — a única diferença está no formato desses carboidratos.

Leite Em Pó É Low-Carb? 

O leite em pó nada mais é do que o leite normal congelado e ralado.

(Brincadeira, gente! Ele não é feito dessa forma 😂.)

Mas, ainda assim, o leite em pó não pode ser considerado um alimento low-carb.

Porque ele tem praticamente a mesma quantidade de carboidratos que sua versão líquida.

E, assim como no caso do leite sem lactose, uma rápida conferida nas informações nutricionais de sua embalagem confirma essa informação.

Portanto, se você está seguindo uma dieta low-carb ou cetogênica, provavelmente vai preferir evitar o leite em pó.

Mas então por que o leite em pó é utilizado em algumas receitas low-carb?

Bom, vamos dividir a resposta a essa pergunta em duas partes.

Em primeiro lugar, se uma receita utiliza leite em pó… então essa não é uma receita que possa ser consumida na dieta low-carb ou cetogênica.

Em segundo lugar, nós também gostaríamos muito de saber porque algumas pessoas dizem que esse tipo de receita é baixa em carboidratos.

Sinceramente, não sabemos se elas desconhecem completamente o conceito de dieta low-carb.

Ou se elas estão realmente agindo de má fé e sem se preocupar com a saúde e bem estar das pessoas.

De toda forma, nossa função aqui é sempre destruir mitos e trazer o melhor da ciência para você.

E, portanto, o veredito final é um só.

O leite em pó (e as receitas que levam leite em pó) não devem fazer parte de uma dieta low-carb de sucesso.

Você pode ter acesso a mais de 120 receitas low-carb de verdade no nosso livro físico (verifique se você tem direito ao frete grátis).

Resumindo: o leite em pó não é adequado a uma dieta low-carb.

E nem deveria ser consumido por pessoas que prezam por um maior controle da insulina — como diabéticos, por exemplo.

Até agora, vimos que o leite dificilmente se encaixa numa dieta low-carb ou cetogênica.

E também falamos sobre algumas variações comuns que geram dúvidas: leite integral, leite desnatado, leite em pó, e leite sem lactose.

Agora, vamos ver quais derivados do leite podem entrar numa dieta low-carb ou cetogênica — e quais não deveriam entrar de jeito nenhum.

Lembrando que você pode ter acesso ao nosso método passo a passo para montar cardápios emagrecedores na Low-carb e Cetogênica: o Cardápio Tanquinho.

Derivados Do Leite Que São Baixos Em Carboidratos

Vamos ver agora uma lista de laticínios e derivados do leite permitidos em uma dieta low-carb.

Esses são alimentos comumente inseridos na alimentação baixa em carboidratos com bastante sucesso.

Eles incluem:

  • coalhada,
  • iogurte natural,
  • skyr,
  • kefir,
  • creme de leite,
  • manteiga,
  • manteiga de garrafa,
  • nata, e
  • ghee.

Além disso, também entram na dieta low-carb as proteínas do leite, que incluem a caseína e o whey protein.

Sendo que os queijos também podem entrar — e já fizemos um texto completo só sobre o queijo na low-carb.

Todos esses são alimentos permitidos da dieta low-carb e cetogênica, e podem te ajudar a seguir a estratégia com sucesso.

Mas então por que os queijos, iogurtes e kefir possuem menor quantidade de carboidratos que o leite?

Acontece que grande parte do açúcar do leite é consumido por culturas lácteas durante processo de fermentação que o transforma em queijo (ou iogurte, ou kefir).

Resultando em produto final muito mais pobre em carboidratos e, consequentemente, mais fácil de ser inserido em uma dieta low-carb ou cetogênica.

(Já o creme de leite, a nata, a manteiga e o ghee possuem virtualmente zero carboidratos pois são compostos praticamente só pela gordura do leite.)

Resumindo: Vários derivados do leite — inclusive iogurtes naturais e queijo — entram na dieta low-carb e cetogênica.

Mas nem todos os derivados do leite entram nesse estilo alimentar. Vamos ver agora quais ficam de fora.

Derivados Do Leite Que São Ricos Em Carboidratos

Os seguintes derivados do leite dificilmente entram na dieta low-carb.

Isso não quer dizer que seja impossível consumi-los ocasionalmente.

Nem que a “polícia low-carb” vai bater na sua porta e te prender se você ingerir algum desses alimentos.

Apenas quer dizer que eles não se adequam tão facilmente a esta estratégia.

E que seu consumo — pelo menos na maior parte do tempo — deve ser evitado.

Alguns desses alimentos incluem:

  • bebidas lácteas (aqueles “falsos iogurtes” que você vê à venda),
  • iogurtes adoçados (ou com muitos ingredientes adicionados),
  • “cremoso” (falso requeijão, cheio de amido),
  • chocolate ao leite (que é mais uma massa de leite com açúcar, do que chocolate de verdade),
  • doce de leite (que adoramos, mas não é low-carb),
  • farinha láctea,
  • leite condensado,
  • leite ninho,
  • manteiga misturada com margarina (por conta da margarina),
  • pão de queijo (geralmente leva muita farinha e polvilho),
  • petit suisse (aquele queijo do tipo Danoninho),
  • Polenguinho (nem tanto pela quantidade de carboidratos, mas sim por ser um queijo altamente processado), e
  • a maioria dos sorvetes tradicionais.

A boa notícia é que existem versões low-carb de boa parte desses alimentos.

Por exemplo, temos:

Sendo assim, repare que os alimentos elencados acima não entram tão facilmente numa estratégia low-carb baseada em comida de verdade.

Seja porque são muito processados, seja porque contêm muitos carboidratos.

Então vale a pena ficar atento(a): porque muitos alimentos baixos em carboidratos e pouco processados costumam ficar bem ao lado de outros que pode ser melhor não consumir.

Resumindo: Ao nosso ver, é melhor moderar ou evitar o consumo dos alimentos citados acima.

Você pode montar um plano low-carb ou cetogênico muito saudável e gostoso se tiver as informações certas: conheça o Cardápio Tanquinho.

Agora que vimos os principais derivados do leite, vamos ver as alternativas e substituições comuns do leite de vaca.

Isso inclui tanto o leite de outros animais quanto os leites vegetais. Vamos começar falando do leite de outros animais — como leite de cabra, ovelha e búfala.

Leite De Cabra, Ovelha, E Búfala E Seus Derivados São Baixos Em Carboidratos?

De maneira resumida, nenhum destes leites pode ser considerado low-carb.

Com relação aos carboidratos, todos esses leites (incluindo o bovino), apresentam praticamente a mesma quantidade de açúcar.

Sendo que os teores de gorduras e proteínas variam entre eles.

Além disso, cada um deles possui um tipo específico de proteínas.

Por esse motivo, eles podem ser mais bem tolerados por algumas pessoas que não lidam bem com a caseína bovina — ou que tem algum tipo de alergia à proteína do leite de vaca.

Em todo o caso, o melhor a se fazer é se consultar com seu médico e testar essas diversas opções, analisando como seu corpo responde a elas.

Além disso, assim como acontece no caso do leite de vaca, os derivados do leite desses animais podem ser low-carb.

E, mais uma vez, como no caso dos queijos bovinos, a maioria dos queijos provenientes desses outros leites podem ser baixos em carboidratos.

Na dúvida, lembre-se sempre de ler os rótulos para conhecer a quantidade de carboidratos dos alimentos.

Resumindo: os leites de outros animais (como búfala, cabra, e ovelha) são praticamente tão ricos em carboidratos quanto o leite de vaca.

Em caso de dúvidas, confira sempre as informações nutricionais.

Os Leites Vegetais Podem Ser Consumidos Na Dieta Low-Carb?

Existem pessoas vegetarianas ou veganas que preferem consumir os “leites” vegetais.

Isto é: leite de soja, amêndoas, castanhas, dentre outros.

E, mais uma vez, retomamos a prática de conferir as informações nutricionais e os ingredientes do leite que você está comprando.

E aplicar a elas o seu bom senso.

Sendo que, como argumenta René Descartes:

O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm.”

Ou seja: todo mundo acha que tem bom senso o bastante. 

De toda forma, existem leites feitos a partir de diversos vegetais — e suas características podem variar grandemente entre diferentes tipos de “leites”.

Então, nosso conselho é que você sempre analise bem os produtos que pretende adquirir — sejam eles leites, leites vegetais ou quaisquer outros tipos de alimentos.

Mas então vamos dar alguns exemplo para deixar tudo isso ainda mais claro e ainda te dar algumas dicas de leites vegetais low-carb.

Para começar, temos o leite de coco — que costuma ser um leite bem presente nas receitas low-carb.

Seja na sua forma normal, seja na forma de leite de coco em pó.

E a boa notícia é que ele é um tipo de leite vegetal que não tem praticamente nenhum carboidrato.

Sendo composto basicamente por gorduras boas e saudáveis, e água.

No outro lado do espectro, existe o leite vegetal feito a partir do arroz.

E, como você talvez possa imaginar, esse leite vegetal é altamente rico em carboidratos.

Entre o coco e o arroz, existem outros leites vegetais — com quantidades intermediárias de carboidratos.

Em sua maioria, os leites produzidos a partir das oleaginosas tendem a possuir uma quantidade de açúcar menor que a do leite bovino.

E, por isso, se encaixam mais facilmente nos alimentos permitidos da dieta low-carb.

Um outro motivo que leva ao consumo dos leites vegetais é a ausência tanto de lactose quanto de proteínas do leite.

Pois isso faz com que eles sejam uma opção interessante a pessoas que não lidam bem com essas substâncias.

Mas calma: não é por que eles são menos ricos em carboidratos que você pode exagerar.

Isto é: não adianta nada você diminuir pela metade a quantidade de carboidratos em cada copo de leite… se você passar a tomar o dobro de copos, não é mesmo?

Mas ressaltamos este ponto porque, muitas vezes, os leites vegetais “industrializados” vêm cheios de aditivos.

Dentre eles, muitas vezes são incluídos adoçantes, conservantes, espessantes, e, às vezes, até mesmo gorduras vegetais pró-inflamatórias, como o óleo de girassol. 

Por fim, um outro leite vegetal muito fácil de ser encontrado nos mercados é o leite de soja.

E ele merece uma menção especial — pois, apesar de a versão sem adoçar desse leite ter poucos carboidratos por porção, nós não acreditamos que a soja seja um bom alimento para ser consumido diariamente.

Falamos sobre isso no vídeo abaixo.

Resumindo: os leites vegetais variam bastante entre si. Temos desde o leite de coco — que é bem pobre em carboidratos — até o leite de arroz, que é riquíssimo em açúcares.

Esteja sempre atento às informações nutricionais e ingredientes na hora de comprá-los. E claro: evite torná-los a base da sua alimentação.

As bases da alimentação saudável incluem carnes, ovos, peixes, legumes, folhas, e e frutas baixas em carboidratos.

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Excluir O Leite Não Causa Deficiência De Cálcio

Por fim, nós sabemos que quando falamos em restringir ou excluir o leite de nossa alimentação, uma dúvida muito comum tende a surgir com relação ao cálcio.

Afinal, será que eliminar um alimento que é uma boa fonte de cálcio de nossa rotina não irá causar uma deficiência desse nutriente?

E claro que essa é uma preocupação plausível, afinal é importante manter uma ingestão mínima de cálcio — e para muita gente sua principal fonte é o leite.

Mas a verdade é que não, tirar o leite do seu dia a dia não vai causar nenhum tipo de problema — nem no curto e no longo prazo.

E o motivo é muito simples: diversos alimentos que podem continuar figurando na sua mesa também são ricos nesse mineral.

Conforme citamos ao início do texto, muitos derivados do leite — ricos em cálcio — são permitidos na low-carb, como os iogurtes e os queijos.

E só com esses alimentos já conseguiríamos suprir nossas necessidades diárias desse micronutriente.

Mas as boas fontes de cálcio de uma dieta lchf não terminam por aí.

Ainda temos diversos outros outros alimentos que, apesar de não serem derivados do leite, são ótimas fontes desse mineral.

Dentre eles, podemos citar, como boas fontes vegetais de cálcio, os seguintes alimentos:

  • amêndoas,
  • brócolis,
  • couve,
  • espinafre,
  • mostarda (a planta),
  • quiabo,
  • sementes de chia, e
  • sementes de girassol.

Além do espinafre e da couve, existem outros vegetais liberados na low-carb que são boas fontes de vitaminas e minerais.

Resumindo: você não precisa temer uma possível deficiência em cálcio por deixar de consumir leite. Afinal inúmeros alimentos permitidos na dieta low-carb são boas fontes deste mineral — incluindo diversos derivados do próprio leite.

Conclusão E Palavras Finais

Neste artigo, nós falamos sobre o leite no contexto de uma dieta low-carb e cetogênica.

Também falamos sobre alguns derivados do leite, e como eles podem se encaixar nesse estilo alimentar.

Além disso, ainda abordamos a questão dos “leites” vegetais, dos leites sem lactose, dos leites de outros animais.

E nós sabemos que começar um novo estilo alimentar nem sempre é fácil. 

Afinal de contas, quantas pessoas por aí já se encantaram ao ver os resultados de “antes e depois” da low-carb e cetogênica

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Nos vemos no treinamento!

Forte abraço,
— Guilherme e Roney, do Senhor Tanquinho.

Referências

Para tornar a leitura mais fluida, agrupamos nesta seção algumas das referências consultadas para a elaboração deste artigo.

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E lembre-se: você não precisa ler todos os estudos científicos do mundo para ter resultados. Porque você pode simplesmente participar do Cardápio Tanquinho: nós já fizemos todo este trabalho para você. Agora é só seguir.

  1. Cordain, L., Eaton, S. B., Sebastian, A., Mann, N., Lindeberg, S., Watkins, B. A., O'Keefe, J. H., & Brand-Miller, J. (2005). Origins and evolution of the Western diet: health implications for the 21st century. The American journal of clinical nutrition, 81(2), 341–354. https://doi.org/10.1093/ajcn.81.2.341
  2. Barłowska, J., Szwajkowska, M., Litwińczuk, Z. and Król, J. (2011), Nutritional Value and Technological Suitability of Milk from Various Animal Species Used for Dairy Production. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety, 10: 291-302. https://doi.org/10.1111/j.1541-4337.2011.00163.x 
  3. Mattar, R., de Campos Mazo, D. F., & Carrilho, F. J. (2012). Lactose intolerance: diagnosis, genetic, and clinical factors. Clinical and experimental gastroenterology, 5, 113–121. https://doi.org/10.2147/CEG.S32368 
  4. Itan, Y., Jones, B. L., Ingram, C. J., Swallow, D. M., & Thomas, M. G. (2010). A worldwide correlation of lactase persistence phenotype and genotypes. BMC evolutionary biology, 10, 36. https://doi.org/10.1186/1471-2148-10-36 

11 comentários em “Leite É Low-Carb? Leite E Derivados Nas Dietas Baixas Em Carboidratos”

  1. Olá, Tanquinhos, eu acompanho o site a um tempo e eu faço LC uns 5 meses, diabetes equilibrada, não sou vegetariano, sempre fui magro e minha Vit B12 sempre foi baixa, talvez no meu caso seja devido a ingestão de muito café, mas eu já reduzi. Eu gostaria de saber é se tem um tópico dos tanquinhos sobre absorção de Vit B e/ou calcio, sei que lutam entre si por absorção. Pois muitas receitas dos Tanquinhos usam laticínios/ gorduras de laticínios, eu me adaptei bem, porém administrar suplementos de Vit C ou Vit B12 junto com café ou no almoço (requeijão / creme de leite com brócolis por exemplo), essas Vitaminas dos suplementos são perdidas ou desperdiçadas se tomadas junto? Como aproveitar melhor essas vitaminas? Qquer dica eu agradeço. Obrigado

    1. Guilherme e Roney

      Oi Marin, tudo bom? Boa tarde

      O ideal seria consumir esses suplementos de Vitamina C e B12 junto às refeições. Principalmente junto de carnes, ovos e vegetais.

      Nosso organismo aproveita melhor os nutrientes quando ingeridos junto a comida, e não isoladamente.

      A não ser que você consuma grandes quantidades de laticínios, eu não me preocuparia com essa “luta” por absorção…

      Espero ter ajudado. Abraços!

    1. Guilherme e Roney

      Oi Mariana!

      Se o seu filho ainda está na idade de mamar, acho que manter-se na comida de verdade é mais do que o suficiente.

      Forte abraço.

  2. Bom dia tanquinhos! Tenho uma dúvida que por mais que eu leia, ainda não consegui uma resposta satisfatória: café com uma colher de nata ou creme de leite (meu falso café com leite :)) , me tira ou não do jejum de insulina. O jejum de insulina contribui para o emagrecimento?
    Sobre mim: comecei LC em janeiro, já perdi 11kg e pretendo perder mais 2. Nunca fui de tomar café da manhã, comer mesmo, mas não dispenso uma xícara de café com leite cedinho. Substituí o leite por creme de leite ou nata, e por mais que pareça bobo, acho que é só psicológico, passo mal se tomar só café e essa colher de creme ou mesmo meia xícara de leite me mantém bem até o fim do dia. Porém já li que derivados do leite, mesmo que sejam low carb, ativam insulina. Não me adaptei aos leites vegetais. Aguardo uma resposta sobre jejum de insulina, grata desde já. Devorei o blog de vocês, é ótimo! Mas essa dúvida ainda não solucione! ?

    1. Guilherme e Roney

      Oi Fabi, bom dia! Tudo bom?

      Café com nata não quebra não o “jejum de insulina”.

      A nata é praticamente 100% gordura, o que não impacta na insulina. 

      Porém o que vai acontecer é que seu corpo vai usar a gordura da nata como fonte de energia, e não a gordura estocada hehe.

      Se te ajuda a se manter no jejum, acho válido! Abraços.

      1. Oie! Queria mais informações sobre a danada da caseína! Ninguém realmente digere bem essa proteína gigante correto? E o queijo especialmente os menos curados, possuem grande quantidade de caseína concentrata… além de serem viciantes (casomorfina), os iogurtes e nata tbm entram nessa categoria?
        Altamente inflamatorios?

        1. Oi Josiara, tudo bem?

          Caseína não é sempre um problema, e podem algumas vezes serem interessantes devido a lenta digestão.

          Mas têm biodisponibilidade sim. O principal é testar sua tolerância.

          Por aqui, o maior problema acaba sendo a lactose mesmo. Então, vale testar!

          Forte abraço.

  3. Uau. Legal, muita informação. Obrigada pela atenção de vocês, dúvidas são muitas. Todos os dias nos deparamos com elas, mas aí você recebe esse email e te direciona pra este post marav
    ilhoso. Parabéns, muito obrigada..

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